Temer precisa de uma reforma ministerial urgente
O presidente Michel Temer formou uma equipe ministerial tão logo o impeachment de Dilma Rousseff foi aprovado no Senado, pra isso ele se preocupou em formar uma sólida base do seu governo pluralizando os partidos na esplanada e colocando ministros que todos sabiam que numa próxima reforma ministerial seriam trocados.
No geral a equipe ministerial do presidente não é ruim, pode inclusive ser considerada melhor que a da sua antecessora pois conta com nomes relevantes como José Serra e Henrique Meirelles. Dos quatro ministros pernambucanos, nenhum tem comprometido, muito pelo contrário, Raul Jungmann, Fernando Filho, Mendonça Filho e Bruno Araújo estão recebendo elogios significativos pela condução de suas respectivas pastas, porém existem nomes que já estão pra lá de encrencados, seja por denúncias, seja por incompetência ou até mesmo por frases completamente infelizes.
Os ministros da Saúde Ricardo Barros e da Justiça Alexandre de Moraes há muito tempo estão merecendo a exoneração porque além de não desempenharem bem seus respectivos papéis estão proferindo declarações que colocam o presidente Temer e o seu governo em verdadeiras saias-justas, por isso a demissão dos dois é questão de tempo.
Geddel Vieira Lima, que assumiu a secretaria de governo, que tem status de ministério, se envolveu numa confusão com o ministro da Cultura Marcelo Calero por tentar fazer tráfico de influência na aprovação de uma obra em Salvador, e deverá ser demitido nos próximos dias. O próprio Calero acabou saindo do governo por conta do episódio e foi substituído por Roberto Freire que não foi bem recebido na pasta.
O presidente Temer tem conseguido acertar na economia e na relação com o congresso, mas se quiser ganhar respaldo popular precisará viabilizar uma reforma ministerial urgente a fim de não ser dragado pela impopularidade que foi um dos calcanhares de Aquiles da ex-presidente Dilma Rousseff. Temer apesar de não ser popular, não dispõe da rejeição astronômica de Dilma, mas sabemos que se ele não der um freio de arrumação em seu governo, seu desgaste completo com a sociedade será questão de tempo.
Troca – O prefeito reeleito de Serra Talhada Luciano Duque se filiou ao PT em 2011 para suceder Carlos Evandro como seu candidato, enfrentou Sebastião Oliveira em 2012 e acabou vitorioso. Nas eleições deste ano derrotou Victor Oliveira, sobrinho de Sebá e neto de Inocêncio Oliveira. Duque nunca foi petista de carteirinha e por isso deverá anunciar em breve a sua filiação ao PSB do governador Paulo Câmara.
Cortes – O Banco do Brasil anunciará hoje um plano de reestruturação que prevê o fechamento de agências e um plano de demissão voluntária para dez mil funcionários. As medidas visam uma economia de R$ 2,7 bilhões em 2017, devendo fechar mais de 400 agências e 380 serão transformadas em postos de atendimento em todo o Brasil.
Araripina – A transição entre o atual prefeito Alexandre Arraes e o prefeito eleito Raimundo Pimentel está ocorrendo da melhor maneira possível. O prefeito Alexandre Arraes tem se dedicado a inaugurar obras da sua gestão e pretende deixar um município muito mais organizado para Raimundo Pimentel do que o que recebeu de Lula Sampaio após a intervenção estadual em 2012.
Diálogo – O prefeito eleito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira estabelecerá diálogo com todos os atores políticos da cidade, porém aqueles que partiram para os ataques pessoais durante a campanha eleitoral contra prefeito eleito por apoiarem outros candidatos terão dificuldades de composição com a futura gestão.
RÁPIDAS
Olinda – O prefeito eleito de Olinda Professor Lupércio (SD) anunciará a equipe do secretariado no dia 22 de dezembro. O primeiro escalão deve ser composto por 14 secretários e de acordo com o prefeito eleito nenhum deles terá qualquer ligação com o PCdoB, partido de Renildo Calheiros e Luciana Santos.
Demissão – A denúncia de que o ministro Geddel Vieira Lima estaria fazendo pressão no Iphan para a liberação de uma obra de um prédio em Salvador, que ele inclusive é proprietário de um apartamento, culminou na saída do ministro da Cultura Marcelo Calero não tem outra saída para o presidente Michel Temer senão a demissão de Geddel.
Inocente quer saber – Romário Dias desistirá de disputar a presidência ou a primeira-secretaria da Alepe no próximo dia 12?