A farsa de bom gestor de Júlio Lóssio está caindo
Médico respeitado em Petrolina, Júlio Lóssio foi lançado na política pelo ex-deputado Osvaldo Coelho, que por ser muito experiente e sagaz, sentiu o vácuo que existia na briga entre Odacy Amorim e Gonzaga Patriota para definir quem seria o candidato do PSB na eleição de 2008. Julio não só disputou a prefeitura como venceu a disputa contra Gonzaga Patriota e iniciou em 2009 uma gestão que aparentemente seria exitosa.
É inegável o avanço da gestão de Júlio no âmbito da educação, mais precisamente no exitoso projeto Nova Semente, que consistiu em ampliar a oferta de creches na cidade de Petrolina, que é premiado e tem sido copiado em todo o Brasil. Mas a boa gestão Júlio Lóssio para por aí, em oito anos ele se mostrou um político mesquinho, futriqueiro e que se achava maior do que realmente era. Cometeu uma série de equívocos na sua sucessão, mas o pior deles foi o da ingratidão.
Ele não teve a preocupação de contemplar o seu vice-prefeito Guilherme Coelho, filho do seu padrinho político, como candidato a sua sucessão, numa evidência clara de que era antes de tudo egoísta e ingrato, pois Guilherme detinha todas as credenciais para sucedê-lo como candidato, se viria a vencer seria outra história, mas Júlio estaria reconhecendo o legado que foi deixado pra ele por causa de Dr. Osvaldo, e mesmo não elegendo Guilherme, ele sairia com o sentimento de dever cumprido com o tamanho político suficiente para novos projetos.
Júlio foi tão incompetente que conseguiu após décadas reunificar a família Coelho, desta vez em torno do jovem Miguel Coelho, que aos 26 anos ascendeu ao cargo de prefeito da cidade mais importante do sertão. Uma vez na prefeitura, Miguel já conseguiu desnudar a farsa de bom gestor que Lóssio tentou imprimir ao longo de oito anos, mostrando uma prefeitura sucateada num desrespeito claro do ex-prefeito com os petrolinenses que o elegeram em 2008 e o reelegeram em 2012.
Ele sai da prefeitura como um político menor, periférico e que é incapaz de produzir alianças que tenham como único objetivo o bem da população. A Júlio Lóssio, um ex-prefeito arrogante, prepotente e mesquinho, não cabe outro papel senão o limbo da política e o ostracismo de quem é um verdadeiro ingrato.
Gravatá – O prefeito Joaquim Neto (PSDB), que sabe Deus como conseguiu não ser alcançado pela Ficha Limpa, está deixando a cidade de Gravatá num caos completo com apenas uma semana de gestão. Ele não se preparou para cuidar da cidade e agora quer a todo custo colocar a culpa na intervenção, que pela terra arrasada que recebeu, fez muita coisa na cidade.
Luciano Vásquez – Candidatíssimo a deputado estadual, o ex-secretário da Casa Civil Luciano Vásquez será uma espécie de articulador informal da prefeita de Caruaru Raquel Lyra. Ainda filiado ao PSB e vice-presidente estadual da sigla, Vásquez tem circulado muito no meio político no intuito de construir seu projeto de chegar à Casa Joaquim Nabuco em 2018.
Rodrigo Pinheiro – Por falar em Caruaru, a prefeita Raquel Lyra é só elogios ao vice-prefeito Rodrigo Pinheiro que tem sido muito mais do que um companheiro de chapa, trabalhou incessantemente na formação do secretariado e estabeleceu diálogo com o empresariado da cidade a fim de permitir uma boa interlocução da gestão com o PIB da cidade.
Arlindo Siqueira – Profundo conhecedor da política de Olinda, o ex-vereador Arlindo Siqueira tem sido importante nos primeiros dias da gestão do Professor Lupércio a ponto de aparar as arestas que ficaram com a vitória de Jorge Federal para a presidência da Câmara. Arlindo foi um dos mais combativos opositores do PCdoB na cidade.
RÁPIDAS
Disposição – O deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB), líder da oposição na Alepe, garante que se ninguém topar o desafio de enfrentar Paulo Câmara em 2018, ele está disposto a entrar na parada para tentar destronar o PSB do Palácio do Campo das Princesas.
Abrigo – Após oito anos de Jaboatão dos Guararapes ser o local de trabalho de muita gente do Cabo de Santo Agostinho durante a gestão Elias Gomes, parte do grupo do ex-prefeito, poucos privilegiados diga-se de passagem, foi absorvida na gestão do prefeito de Moreno Vavá Rufino.
Inocente quer saber – Se Júlio Lóssio foi tão bom prefeito por quê não elegeu o sucessor em Petrolina?