Marcelo Odebrecht deixa Lula em maus lençóis
O empresário Marcelo Odebrecht em depoimento ao juiz Sérgio Moro confirmou que o ex-presidente Lula era o “amigo” na planilha de propinas da empreiteira e que teria repassado ao Instituto Lula R$ 4 milhões via caixa 2 e mais R$ 12,4 milhões para a aquisição do prédio do instituto. A afirmação, que já era esperada, coloca mais lenha na fogueira da situação de Lula perante a justiça e poderá trazer desdobramentos que não só o deixem inelegível como também possam lhe deixar atrás das grades.
O empresário da maior empreiteira do Brasil também não poupou os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega e a ex-presidente Dilma Rousseff, afirmando que todos eles foram beneficiados pelo departamento de propinas da Odebrecht. Mantega teria recebido R$ 50 milhões para a campanha de Dilma, enquanto Palocci teria recebido em dinheiro vivo, através de um assessor, a quantia de R$ 13 milhões.
As afirmações de Odebrecht demonstram que o verdadeiro golpe dado ao povo brasileiro foram as vitórias de Dilma Rousseff em 2010 e 2014, uma vez que as duas campanhas foram financiadas com dinheiro sujo de corrupção, numa máquina de propinas jamais vista na história do Brasil. Golpe este que até hoje a população brasileira vem pagando com recessão e desemprego.
Os petistas graúdos sabem que a candidatura de Lula é mais uma cortina de fumaça para tentar inibir a justiça de fazer o trabalho dela, mas a cada dia que se passa, está evidente que o destino de Lula dificilmente será o Palácio do Planalto em 2018, mas sim um outro caminho que jogará no lixo toda a reputação que ele um dia tentou construir ao ser duas vezes presidente da República.
Cem dias – Passados os 100 dias de administração do prefeito Demóstenes Meira (PTB) em Camaragibe, setores como educação, saúde e organização das finanças do município foram prioridade no planejamento de gestão. Como primeira ação, no início da gestão, em janeiro de 2017, foram realizadas diversas fiscalizações em contratos e gabinetes a fim de entender como havia sido deixada a prefeitura para dar início a uma nova gestão.
Críticas – Estreante na Câmara Municipal do Recife, o vereador Rinaldo Junior (PRB) subiu a tribuna para afirmar que “não há muito que se comemorar” e que a cidade foi “esquecida” nos quatro anos e 100 dias da gestão do prefeito Geraldo Julio. Isso porque, nesta segunda-feira, a gestão do PSB completou quatro anos e 100 dias de mandato. “Não há o que comemorar porque é um Recife que somente Geraldo conhece. O Recife do marketing, o Recife das peças publicitárias, esse é o Recife do PSB”, afirmou o parlamentar, que destacou o crescente índice de violência na cidade, o número de obras inacabadas e o desemprego.
Chapinha – Informações de bastidores dão conta de que André Ferreira e Pastor Eurico podem fazer uma coligação proporcional do PSC e PHS para 2018. Com potencial de 200 mil votos cada um, eles estariam pretendendo formar uma chapinha que eleja de três a quatro deputados federais. Para eleger três federais são necessários 480 mil votos, o quarto federal seriam necessários aproximadamente 670 mil votos.
Câncer – O deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) deu entrada no requerimento para a criação da Comissão Especial para elaborar o Estatuto Estadual do Portador de Câncer. A iniciativa tem o objetivo de reunir e esclarecer as diretrizes, as normas e os critérios básicos para promover e proteger as condições de igualdade dos pacientes portadores da doença. Para o parlamentar, a ideia é reforçar a inclusão social e a cidadania participativa destas pessoas.
RÁPIDAS
Frente – Na terça-feira será instalada na Assembleia Legislativa de Pernambuco a Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência. A Frente é uma proposição da deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), e terá o objetivo de ampliar o debate com entidades do segmento da pessoa com deficiência para identificar as principais lacunas, traçar diagnósticos e sugerir políticas públicas executáveis voltadas para essas pessoas em todo o estado.
Psiquiatra – Em entrevista ao Roda Viva ontem, o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) foi questionado sobre o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) que o criticou recentemente. O tucano não titubeou e mandou o pedetista procurar um bom psiquiatra.
Inocente quer saber – O PSDB cometerá o equívoco de abdicar de lançar o melhor candidato à presidência da República para lançar alguém que já foi rejeitado nas urnas?