A Odebrecht comunicou à Controladoria Geral da União que não tem interesse em assinar acordo de leniência com o órgão, no qual as empreiteiras reconheceriam o crime de formação de cartel nas operações com a Petrobrás. A iniciativa permite reduzir penas administrativas, como a aplicação de multas e proibição de novos contratos com o governo federal. Em ofício ao ministro Valdir Simão, a construtora diz que prefere ser investigada.
Enquanto isso o ministro Arthur Chioro quer deixar as águas se acalmarem para compor a diretoria da Anvisa. Sua preferência é pelo também sanitarista Jarbas Barbosa, que deseja ver presidindo a agência. É opção técnica aplaudida pela indústria, cansada do loteamento político no órgão.
Contudo, o seu antecessor no governo Lula, o deputado Saraiva Felipe (PMD-MG), ligado a Eduardo Cunha, quer o ex-diretor Agenor Alves no comando, enquanto o senador Eunício Oliveira apadrinha a candidatura do atual diretor Renato Porto Alencar. A briga vai se intensificar. Esse mês, uma segunda vaga se abrirá na Anvisa, com o fim do mandato de Jaime Oliveira.(Ricardo Boechat – ISTOÉ)