O primeiro ato de rua da campanha petista no Recife será realizado na próxima sexta-feira (6). Os candidatos a prefeito, Humberto Costa, e vice, João Paulo, farão uma grande caminhada pelo centro da capital pernambucana. Eles serão acompanhados de várias lideranças estaduais e candidatos a vereadores.

O percurso, tradicional roteiro das campanhas petistas no Recife, terá início na Praça Maciel Pinheiro, às 16h. A comitiva seguirá em caminhada pela Rua da Imperatriz, Ponte da Conde da Boa Vista, Rua Nova e encerra na Praça da Independência (pracinha do Diário).  

“Este primeiro ato de campanha se reveste de um grande significado, pois optamos por uma ação junto ao povo do Recife, caminhando pelas ruas centrais da cidade em um roteiro histórico de luta e resistência do campo de esquerda. Vamos mostrar a importância da nossa candidatura para o Recife seguir mudando, dando continuidade aos avanços que começamos em 2001 e que tema aprovação da maioria da população”, disse João Paulo.

As atividades das primeiras semanas de campanha no Recife já estão sendo elaboradas. Entre elas, está a elaboração do grupo que vai debater o Programa de Governo. “A nossa aliança é com o povo. Vamos para as ruas e mostrar que o PT tem projeto, tem oque apresentar a sociedade e que vai fazer o Recife seguir em frente, apresentando ideias inovadoras e mantendo aquilo que vem dando certo”, afirmou Humberto Costa.

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou nesta terça-feira (09) o parecer do senador Armando Monteiro ao Projeto de Lei do Senado (PLS 461/2009), que permite a conservação em meio eletrônico dos livros de escrituração contábil e fiscal. O projeto, de autoria do então Senador Sérgio Zambiasi, alterou a Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional – CTN).

“A medida é desburocratizante e tem a vantagem de permitir às empresas a redução dos custos de armazenagem, bem como manipulação mais prática dos documentos”, explica Armando Monteiro. A certificação digital foi instituída no direito brasileiro pela Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001.

Na hipótese de necessidade de produção de prova impressa, as cópias em papel dos arquivos eletrônicos – resultantes da digitalização – terão o mesmo efeito, desde que devidamente autenticadas no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras – ICP-Brasil. Vale salientar que esse sistema já é uma referência na conferência de autenticidade, integridade e validade jurídica para documentos gerados e mantidos no meio eletrônico.

Na próxima quarta-feira, 04 de julho, o Observatório do Recife (ODR) apresentará o Caderno de Boas Práticas de Mobilidade Urbana, elaborado por seu Grupo de Trabalho de Espaço Urbano e Mobilidade. A divulgação acontece em Assembleia Geral aberta ao público, que tem início às 18h30, na sede da TGI Consultoria em Gestão. O evento mensal vai informar ainda o andamento das ações do movimento, com intuito de mobilizar novos cidadãos para contribuir com o crescimento da qualidade de vida no Recife, através da avaliação e divulgação de indicadores sociais.

De acordo com Daniel Valença, membro do GT de Espaço Urbano e Mobilidade, o Caderno de Boas Práticas é o resultado de um ano de trabalho de grupo. “Nossa intenção era sumarizar e divulgar boas práticas pouco conhecidas para contribuir com a mobilidade urbana”, ressalta Daniel. Além da sua apresentação, serão debatidos na assembleia os fundamentos institucionais, atividades desenvolvidas em junho e a atualização das estratégias utilizadas pelo ODR.

O convite para participar da Assembleia Geral do Observatório do Recife é aberto a toda a sociedade civil. Quanto mais cidadãos se juntarem ao movimento, mais as propostas de mudanças para a criação de novas e eficazes políticas públicas são fortalecidas. Fique atento à divulgação das datas das reuniões no site, Facebook ou pelo nosso Twitter ou ainda ligar para o número (81) 3418.1180.

Hoje à noite, os candidatos proporcionais da coligação PSDB/PPS/PTdoB – que tem como candidatos a prefeito e vice do Recife Daniel Coelho e Débora Albuquerque, participam da primeira reunião da chapa. O encontro acontece na sede do PSDB, no Dérby, a partir das 19h, com o objetivo de integrar o grupo e traçar estratégias de campanha. Ao todo, os três partidos totalizam 107 postulantes à Câmara do Recife.

Agora com a confirmação das candidaturas podemos dividir o tempo da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão que é diária e tem 30 minutos duas vezes no dia, no rádio e na tv.

Com base na composição da Câmara dos Deputados, chegamos aos números de cada candidato.

Vale lembrar que 10 minutos são divididos igualitariamente entre os postulantes, e os 20 minutos são divididos de forma proporcional à bancada dos partidos das coligações na Câmara dos Deputados.

Humberto Costa (PT, PP, PSDC e PHS) – 1 minuto e 25 segundos da forma igualitária e 5 minutos e 31 segundos de forma proporcional – 6 minutos e 56 segundos.

Geraldo Júlio (PSB, PCdoB, PMDB, PDT, PTB, PR, PV, PTC, PSL, PTN, PRP, PRB, PSC e PSD) – 1 minuto e 25 segundos da forma igualitária e 11 minutos e 31 segundos de forma proporcional – 12 minutos e 57 segundos.

Daniel Coelho (PSDB, PPS e PTdoB) – 1 minuto e 25 segundos da forma igualitária e 2 minutos e 50 segundos da forma proporcional – 4 minutos e 15 segundos.

Mendonça Filho (DEM e  PMN) – 1 minuto e 25 segundos da forma igualitária e 1 minuto e 13 segundos da forma proporcional – 2 minutos e 38 segundos.

PSTU/PSOL/PCB – 1 minuto e 25 segundos da forma igualitária e 11 segundos da forma proporcional – 1 minuto e 36 segundos.

Esteves Jacinto (PRTB) – 1 minuto e 25 segundos da forma igualitária e 4 segundos da forma proporcional – 1 minuto e 29 segundos.

Edna Costa (PPL) – 1 minuto e 25 segundos da forma igualitária e nenhum da forma proporcional – 1 minuto e 25 segundos.

Conforme podemos observar, ao menos na televisão, a eleição será polarizada entre Humberto Costa (PT) e Geraldo Júlio (PSB), correndo por fora Daniel Coelho (PSDB), os demais têm tempos bem aquêm dos principais candidatos.

OBS.: Vale lembrar que até o dia 5 de julho isso pode mudar. E também temos que considerar os arrendondamentos. Não são números exatos, mas não devem destoar disso. Se houver outras candidaturas, o tempo igualitário diminuirá.

OBS.2: As coligações majoritárias dividirão com as proporcionais a televisão, aparecendo de forma alternada. Os números da disputa proporcional dependerão das chapinhas e dos chapões formados.

Em entrevista concedida ao programa CBN Total, na tarde de hoje (02), o candidato Geraldo Julio (PSB) elencou algumas ideias que irão compor o seu Programa de Governo para o Recife. Propositivo, Geraldo debateu questões como mobilidade, ordenamento urbano, segurança, educação, drenagem de canais e execução de obras. “Não vai faltar esforço e trabalho para a gente fazer as entregas. Somos especialistas na arte do fazer”, ressaltou o socialista, destacando que sua futura gestão vai premiar a meritocracia.

Campanha

Essa vai ser uma campanha bastante disputada e desafiadora. Pretendemos fazer uma campanha bonita, uma campanha limpa, olhando para frente, discutindo com as pessoas o futuro da cidade. Não perdendo tempo com nada que não diga respeito ao futuro da cidade, e ao que interessa para melhorar a qualidade de vida da população. Essa é a nossa expectativa. A gente está trabalhando com uma frente muito grande, são vários partidos, várias lideranças, uma grande quantidade de deputados estaduais e federais, uma grande quantidade de vereadores, dois senadores que entenderam, decidindo no conjunto com todos que participam da militância e partidos junto deles a se juntar em nome de um Recife melhor, de um Recife mais ligado ao futuro. Em nome de um ritmo para que as coisas aconteçam no mesmo ritmo do Governo do Estado. Então, a gente está pela unidade, a gente está pela paz politica e a gente está construindo um forma de discutir a sociedade, de montar as propostas, de firmar os compromissos e discutir o tempo inteiro aquilo que diz respeito a melhoria da qualidade de vida da população.

Orçamento Participativo

Nós temos um modelo de participação popular, que, inclusive, foi reconhecido agora pela ONU, como a melhor politica pública do mundo de participação popular e de gestão (Todos por Pernambuco). Tive a felicidade de ir na última segunda-feira com o governador, na Assembleia Geral da ONU receber o prêmio. Nós temos um modelo de gestão popular que pode ampliar e melhorar. Uma politica que deu certo. Eu acho que o processo de melhoria é continuo, a gente precisa estar sempre observando como é que as politicas públicas estão funcionando e poder, após poucos, ir fazendo as melhorias e aumentar o ritmo.

Comparação com o atual prefeito

Existem pessoas que têm uma vida toda na política e, às vezes, não governam bem. Há pessoas que possuem o perfil mais técnico, mesmo considerando habilidades políticas, e governam bem. A gente está vivendo um momento onde existem vários governadores de Estado e prefeitos de capital que chegaram ao mandato majoritário pela primeira vez. O exemplo mais claro que a gente está vivendo é o da presidente Dilma, que disputou pela primeira vez o mandato de presidente. Uma mulher honrada, que está fazendo um governo aprovado pela maioria da população. Acabou de sair uma pesquisa: mais de 70% de aprovação. Não é só a habilidade política ou a habilidade técnica. A pessoa precisa acumular essas habilidades. Eu me sinto preparado! Tenho 30 anos de militância; tendo vivido nesses últimos 20 anos um conjunto de funções, desde chefia de divisão, diretoria, secretaria, coordenação de vários programas importantes. Para mudar o ritmo, para colocar o Recife no ritmo de Pernambuco.

Profissionais valorizados

Para que as coisas aconteçam a gente precisa de um ambiente favorável. Quando a gente fala de uma escola, ou seja, que a escola tenha um ambiente físico preparado, a gente precisa que os meninos tenham material didático. A gente precisa que a escola esteja conectada. A gente precisa que tenha laboratório, que tenha quadra, que os professores estejam motivados e que os profissionais envolvidos na escola estejam motivados. A gente precisa de uma composição de fatores. É claro que os trabalhadores precisam ser considerados nesse processo; precisam estar motivados para que as coisas aconteçam bem. Não é excludente; a gente precisa de uma conjugação de fatores. E os profissionais valorizados é uma coisa muito importante.

Mobilidade

Melhorar a mobilidade fazendo as obras viárias que são necessárias serem feitas, fazendo as calçadas que precisam ser feitas, liberando os passeios públicos, melhorando a vida nos morros, cuidando dos pontos críticos. Melhorar a vida nos morros não só nós pontos de risco. Mas melhorar com mais saúde, mais educação, criando opções de lazer, cuidando da acessibilidade. É nisso que as pessoas estão interessadas. Prioritário na mobilidade para nós é o transporte público. Nós precisamos fazer tudo focado no transporte público. Mas é como eu tenho dito: nada é excludente. A gente também deve cuidar do passeio público, do ordenamento urbano para liberar as calçadas e os passeios públicos na cidade. Normalmente quando se fala em mobilidade a gente pensa logo nas grandes avenidas, mas a gente precisa cuidar da mobilidade nos bairros. As pessoas sofrem muito para sair dos seus bairros e chegar até os grandes corredores, e isso também precisa de ação.

Meritocracia

No Governo do Estado nós implantamos uma coisa inédita: que foi a premiação por mérito, a premiação por resultado. Nós temos hoje no Governo do Estado na Polícia, na Educação – mais de R$ 50 mil distribuídos em prêmios para aquelas escolas que batem a meta. Uma política de valorização também pela entrega de resultados. Por que? Porque a população tem que receber o serviço público. Tem que receber a obra pronta, tem que receber a Educação, a Saúde. Na iniciativa privada isso funciona no mundo inteiro. Em todos os rincões do País. O que funciona é a meritocracia. É premiar por mérito; premiar quando o resultado vem. Implantamos no Governo do Estado com muito sucesso. Profissionais estão se sentido valorizados e motivados.

Dois tempos

Existem duas etapas na campanha muito claras. O período em que a gente tem o guia eleitoral, as inserções de TV. E o período também – estes 40 dias iniciais – que a gente vai às ruas, em todos os lugares do Recife. Cada recifense tem uma ideia para a cidade. Cada recifense tem uma ideia para o seu bairro. E eles têm que ter o direito de nos passar essa ideia. Nós temos também que levar nossas propostas a cada um dos bairros, dos lugares. Conversar com todas as pessoas. Construir um programa de governo e mais do que isso: firmar compromisso. A palavra dada é a palavra cumprida. Foi assim no Governo do Estado. Nós firmamos os planos, trabalhamos muito, trabalhamos duro. A gente é especialista na arte do fazer! Não vão faltar esforço e trabalho para a gente fazer as entregas.

Plano de Governo

Fizemos uma reunião já com a equipe de coordenação do Programa de Governo (no último domingo, 1º./07). Na quarta-feira a gente já tem a primeira reunião de trabalho de conteúdo. Vamos fazer as escutas em vários bairros. Temos propostas, temos ideias. Mas precisamos colocá-las, em discussão com a cidade, com os especialistas. Para a gente construir com consenso, debate, discussão e unidade.

Chuvas

Quando chove muito no Recife – é um problema histórico da cidade -, todo mundo sofre um pouco. Muitas cidades têm um problema de drenagem muito séria. Mas muita delas conseguiram dar muitas soluções. Precisa de muita engenharia para poder realizar. E muita obra, com muita velocidade! A quantidade de obras que vão ser feitas para melhorar a drenagem da cidade é muito grande. Existem soluções em várias cidades que mudaram o problema da drenagem. O Recife precisa dessas soluções e nós vamos trabalhar para isso. Vamos decidir os projetos, estudar o caso, trazer as melhores soluções de engenharia que existem. Ir buscar o dinheiro, capitando os recursos junto com o Governo da Presidente Dilma, junto ao Governo Eduardo Campos.

Obras

Para entregar obras, a gente precisa captar muito recurso. No Governo do Estado conseguimos multiplicar por cinco a nossa captação de recursos. Conseguimos fazer os projetos, ir buscar o dinheiro e aumentar a capacidade de fazer obras. Acho que o município precisa de mais obras do que o que tem acontecido historicamente. O Recife é uma cidade com muitos desafios. A população está esperando que algumas ações aconteçam de maneira mais rápida. E nós vamos trabalhar muito para isso.

Região Metropolitana

O Recife integra uma grande cidade metropolitana, que precisa de uma grande ação integrada do ponto de vista metropolitano. Isso é inegável. A gente precisa ter um plano de médio e longo prazo para ocupação dessa região metropolitana como um todo.

Ordenamento urbano

No Recife, as áreas que ainda estão disponíveis precisam ser olhadas com muito cuidado. A verticalização, quando abre espaços para construir áreas de lazer, de convivência, ela chega a ser positiva. Ela não é só negativa. Agora, o que vale é a gente ter um plano de ocupação. O Recife ainda tem algumas áreas a serem ocupadas, e essas áreas precisam ser ocupadas através de um diagnóstico, de um planejamento de médio e longo prazo. Não podemos tomar decisões pontuais.

Cais José Estelita

Aquela área é crucial para você voltar a ter qualidade de vida no centro da cidade. A gente tem ações importantes por lá como a Central de Artesanato; a obra do Cais do Sertão Luiz Gonzaga está em andamento; o terminal de passageiros que vai servir a Copa do Mundo e a revitalização do centro está em andamento também. Outras obras de revitalização do Porto (do Recife) vão acontecer. Tem muita coisa para ser feita no centro. Essa área do José Estelita tem muita importância nesse processo. O projeto está em discussão, a população precisa opinar, fazer audiências publicas. Ele tem qualidade, mas pode ser revisto em algumas coisas.

Eduardo na campanha

Teremos a presença de toda a Frente Popular. O governador participou de todas as últimas campanhas aqui em Pernambuco; certamente vai participar dessa. Não só ele, mas todos os parlamentares, os deputados, os vereadores. Um exército de candidatos a vereador. Vamos fazer campanha, vamos às ruas. Vamos discutir com as pessoas. Acho que vai ser um período interessante e muito rico dessa discussão que vai gerar as propostas e os compromissos que nós vãos ter com a população.

Por Terezinha Nunes

Um dos principais líderes políticos de Pernambuco, o senador Jarbas Vasconcelos coleciona, ao longo de sua vida pública, vitórias retumbantes mas também derrotadas impactantes. Se nas vitórias soube aproveitar o momento para construir a imagem que tem hoje, de pessoa combativa a destemida e de excelente administrador , as derrotas foram, igualmente, utilizadas para tirar lições e corrigir rumos. Ou mesmo, como aconteceu duas vezes, para mudar completamente a natureza das coisas.

Em 1990, derrotado por Joaquim Francisco para o governo do Estado num pleito em que o ex governador Miguel Arraes, seu principal apoiador, não quis disputar o senado e ainda formou uma chapinha para deputado federal, provocando tremendo desgaste no palanque, ele decidiu, após um auto-exílio em uma praia pernambucana, seguir seu caminho próprio e preparar os alicerces para um distanciamento completo de Arraes que aconteceria em 1992 quando disputou e venceu a eleição para prefeito do Recife tendo como um dos adversários o atual governador Eduardo Campos.

Logo depois, sacramentaria o distanciamento completo da esquerda, aliando-se aos antigos e ferrenhos adversários do PFL – ex-Arena – para ser eleito governador – cargo ocupado por oito anos – e para vencer a eleição para o senado.

Em 2010, após uma derrota acachapante para o governo do estado, quando todos imaginavam que seria o fim de sua carreira política por ter obtido menos de 20% dos votos,Jarbas novamente repensa seu projeto e decide começar a operar a volta ao ninho antigo, recompondo-se com a esquerda.

“Não vou terminar minha vida pública agarrado com a direita”. Esta frase, muito ao seu estilo,  foi proferida por ele para alguns interlocutores mais próximos, no segundo semestre de 2011, quando já começava a analisar o quadro da atual campanha no Recife e não se cogitava nem de longe a possibilidade de um distanciamento entre o governador Eduardo Campos e o PT.

Seria natural, portanto, que, em algum momento, viesse a tentar uma aproximação com Eduardo já que o PT está fora do seu calendário depois que, por duas vezes, Lula esteve em Pernambuco disposto a apoiá-lo para prefeito e governador e o PT local vetou os entendimentos. E , mais recentemente, pela postura que o partido adotou de se distanciar dos princípios éticos e produzir coisas até então impensáveis como o mensalão.

Em aliança com o PSB, Jarbas encerra um ciclo na política de Pernambuco pautado pelas desavenças dentro da própria esquerda, da qual fazia parte, e que, por falta de componente ideológico, descambou para um período de agressões verbais, lado a lado, com ações inclusive na justiça.

Seria difícil explicar uma volta de 360 graus na trajetória de um político tarimbado como ele, sem analisar esse componente pessoal que tem como característica transformar um período de derrota e ostracismo em uma oportunidade para avançar.

Jarbas causou perplexidade em todos os lados. No que deixou e no que agora se insere como personagem até bem pouco tempo maldito.

Só o tempo dirá quem mais ganhou com essa reviravolta, se ele ou Eduardo Campos. Uma coisa, porém, é certa. Nas duas notas oficiais desta semana ele aproveitou os elogios a Eduardo para afirmar que o atual desenvolvimento de Pernambuco foi obra iniciada por ele e continuada e avançada por Eduardo e pontuou que o novo palanque dispõe-se a corrigir os rumos do desenvolvimento do Recife obstaculados pelas administrações petistas.

O aprofundamento da briga com o PT, trouxe prejuízos imediatos a Eduardo que agora vai ter que conviver com o estilo Jarbas que se pauta mais pela afirmação de princípios do que pelo jogo político tradicional que Eduardo pratica como ninguém.

CURTAS

Deus duvida – Está tão conturbado o cenário político pernambucano com o rompimento entre o PSB e o PT que esta semana, um dos expoentes do petismo, afirmou, em alto e bom som, que ainda podem acontecer coisas que “ até Deus duvida”. Na verdade está todo mundo conversando com todo mundo: do PT ao Democratas. No segundo turno, tudo pode acontecer.

De fora – O PMDB vai precisar recompor o relacionamento com os dois principais prefeitos que tem em Pernambuco: Júlio Lóssio, de Petrolina, e  Flávio Gadelha, de Abreu e Lima. Eles não estavam presentes na reunião que definiu pela aliança eleitoral entre o senador Jarbas e o governador Eduardo.  Foram informados pelos jornais.

Cúpula tonta – Também a cúpula do PMDB nacional, que esteve no Recife há poucos dias para o pré-lançamento da candidatura de Raul Henry a prefeito, foi pega de surpresa. O presidente do PMDB nacional Valdir Raupp chegou a ligar para o prefeito Júlio Lóssio cobrando uma explicação. Foi Lóssio que levou Raul a Raupp para  que o PMDB apoiasse a candidatura dele no Recife.    

O candidato à Prefeitura do Recife pelo PSDB, Daniel Coelho, lançou sua primeira proposta de governo, hoje: a criação de seis unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) especializadas, uma em cada RPA (Região Político-Administrativa) da cidade. A ideia é dar continuidade imediata aos pacientes atendidos nos postos de saúde, quando necessário tratamento específico.

Em março, Daniel esteve em São Paulo para conhecer de perto o serviço oferecido pelos postos do AMA Especialidades e planeja seguir o modelo de lá, onde é oferecido atendimento específico nas áreas de urologia, cardiologia, endocrinologia, reumatologia, neurologia, ortopedia e angiologia.

“A nossa ideia é que os pacientes já saiam dos postos com consulta marcada no AMA especialidades sempre que preciso. Para isso, vamos interligar todas as unidades de saúde por meio de um sistema informatizado, no qual os médicos acompanharão e atualizarão o histórico dos pacientes”, explica. “O governo do PSDB implantou o serviço em São Paulo e ele também já funciona com bons resultados em outras cidades”.

Para Daniel, a falta de informatização na área de saúde e a peregrinação que as pessoas fazem para conseguir marcar uma consulta, sobretudo com um especialista, no Recife, são inconcebíveis e passam apenas por uma decisão política. “Hoje, se uma pessoa apresenta o CPF na Prefeitura, de imediato o sistema mostra tudo o que ela deve de IPTU ao município. Já se ela apresenta o documento num posto de saúde, é como se não existisse. Isso precisa mudar. É uma questão de respeito aos recifenses e ação indispensável numa gestão inteligente”, defende.

Um dia após a convenção que homologou a sua candidatura à Prefeitura do Recife, o candidato Geraldo Julio (PSB) convocou uma reunião para iniciar a formulação do seu Programa de Governo. Na tarde deste domingo (1º) estiveram reunidos no escritório da campanha, em casa Forte, colaboradores de diversos partidos que compõem a Frente Popular a exemplo do PV, do PMDB, PCdoB, PSB e do PTB.

O Programa de Governo da Frente Popular será coordenado pelo administrador de empresas Antônio Alexandre, de 49 anos. A função já foi exercida por ele na campanha que reelegeu o governador Eduardo Campos em 2010. Especialista em Contabilidade Gerencial e com MBA em Economia Aplicada, ele deixa a presidência da Agência Condepe/Fidem a partir de amanhã.

As reuniões de trabalho que vão modelar a formatação do Programa de Governo terão início na próxima quarta-feira. O documento deve ser dividido em quatro eixos básicos voltados para políticas de reordenamento urbano, desenvolvimento econômico, inclusão social e gestão.

“As propostas serão discutidas com especialistas das mais diversas áreas, mas também com representantes das comunidades. Essas pessoas são o verdadeiro termômetro do Recife, pois são elas que sentem na pele diariamente os problemas da sua rua, do seu bairro”, adiantou Geraldo.

Além de Antônio Alexandre, participaram do encontro o primeiro-secretário do PTB, João Batista, os presidentes do PSB e do PV, Sileno Guedes e Sérgio Xavier, entre outros. Professor da UFPE, Pierre Lucena era o coordenador do Programa de Governo de Raul Henry e, com a retirada da candidatura do peemedebista, passa a ajudar na formulação das propostas que serão apresentadas por Geraldo.

Um dia após homologação de sua candidatura à Prefeitura do Recife pelo PSDB, Daniel Coelho e sua vice, Débora Albuquerque (PPS) se reuniram com suas equipes para integrar os grupos, dividir tarefas e discutir estratégias de campanha. No encontro, que aconteceu no escritório de Daniel, no Bairro do Recife, foi marcado o lançamento da candidatura e apresentação do programa de governo para o próximo dia 14, às 10h, no auditório do Colégio Salesiano, na Boa Vista.

“Vamos reunir, em um grande evento, os candidatos do PSDB, PPS e PTdoB, nossa militância, amigos e todos os que estiverem interessados em conhecer o que pensamos para a cidade do Recife. Temos novas ideias, novos conceitos e esse diferencial estará claro em nossas propostas’’, afirmou Daniel.  Débora se mostrou  empolgada com o rápido entrosamento e disposição das equipes. “Acredito que vamos avançar rapidamente. Temos determinação , força e projetos. Estamos no caminho certo’’.