Na semana passada fizemos a lista sobre os deputados federais que corriam riscos de perder as eleições no ano que vem, dos vinte e cinco apontamos treze nesta situação. Agora seguem alguns dos quarenta e nove deputados estaduais que correm riscos, vale ressaltar que no ano que vem só estarão em disputa quarenta e sete vagas, portanto, duas vagas a menos.
Augusto César (PTB) – Candidato a vice-governador na chapa de Humberto Costa em 2006, Augusto César emplacou seu filho naquela eleição para a Alepe. Em 2010 disputou o mandato e obteve apenas 33.956 votos, ficando na primeira suplência da Frente Popular. Para consolidar a sua reeleição precisará que o senador Armando Monteiro faça algumas intervenções em sua eleição, caso contrário, corre riscos de não voltar para a Alepe.
Antonio Moraes (PSDB) – Reeleito com 33.083 votos, o tucano tem perdido força sistematicamente em seu reduto. Como é atrelado a oposição, se não conseguir ampliar o arco de forças que o apoiam, é sério candidato a perder o mandato no ano que vem.
Eduardo Porto (PSDB) – Nas eleições de 2010 ficou na primeira suplência do PSDB com 30.435 votos. Ampliou bastante a sua votação em relação a 2006 quando havia obtido 21 mil votos. Se conseguir manter a crescente pode escapar da degola.
Everaldo Cabral (PSD) – Irmão do ex-prefeito do Cabo Lula Cabral (PSC), Everaldo obteve 36.617 votos, tendo sido vitorioso por conta dos votos do Cabo nas eleições de 2010. Agora que o irmão não é mais prefeito, Everaldo corre riscos de não ser reeleito. Até porque Lula é candidato a deputado federal e o foco será principalmente na sua vitória.
Isabel Cristina (PT) – Nas eleições passadas, Isabel obteve 31.643 votos para deputada estadual, ficando como suplente na Frente Popular. Com grande inserção no Sertão do São Francisco, ela depende muito do seu neoaliado Júlio Lóssio (PMDB) para conseguir ampliar a votação e alcançar o mandato em 2014.
Marcantonio Dourado (PTB) – Figura carimbada na Assembleia Legislativa, Dourado teve 36.090 votos em 2010. Precisará para 2014 no mínimo manter a sua votação, se baixá-la corre riscos de não alcançar a reeleição.
Maviael Cavalcanti (DEM) – Reeleito para a Alepe com 34.171 votos e com inserção na Zona da Mata, Maviael corre o mesmo risco de Antonio Moraes, se baixar a votação dificilmente alcança o mandato. Comenta-se que sequer será candidato.
Odacy Amorim (PT) – Ex-prefeito de Petrolina, Odacy alcançou o mandato com a força do clã Coelho, liderado pelo ministro Fernando Bezerra. Sem o apoio do seu ex-líder político, dependerá, assim como Isabel Cristina, da liderança e boa vontade de Júlio Lóssio, seu novo aliado.
Osséssio Silva (PRB) – Com 30.632 votos, o líder evangélico ficou como suplente em 2010 e assumiu o mandato com a ida de titulares para o secretariado de Eduardo Campos. Ele precisará ampliar a votação se quiser continuar na Alepe.
Ramos (MD) – Eleito pelo PMN com apenas 20.182 votos, tem a característica de sempre alcançar esta votação para deputado estadual. Dificilmente conseguirá ampliar a votação a ponto de brigar pela reeleição, principalmente estando na oposição.
Rildo Braz (PRP) – Nas eleições passadas obteve 24.795 votos e foi um dos últimos parlamentares a entrar. Tem feito um mandato extremamente apagado. Se conseguir montar uma boa chapa no PRP poderá alcançar a reeleição.
Sebastião Rufino (PSB) – Com 28.575 votos, o socialista ficou como suplente e assumiu recentemente com a ida de alguns deputados para prefeituras. Tem vários mandatos como deputado estadual mas é uma liderança política cansada, apesar de ser boa praça. Corre riscos de não se eleger.
Terezinha Nunes (PSDB) – Nas eleições de 2010 obteve 29.994 votos ficando na segunda suplência do PSDB. Assumiu com a vitória de Carlos Santana em Ipojuca. Historicamente ligada ao senador Jarbas Vasconcelos, Terezinha optou por não seguir o seu ex-chefe e ficou na oposição. Tem sérias dificuldades de ampliar a votação a ponto de ser reeleita.
Tony Gel (DEM) – Com 38.323 votos, Gel foi o mais votado do DEM nas eleições passadas. Seu grupo político sofreu uma derrota acachapante em Caruaru nas eleições de 2012. Se conseguir novas alianças para sobreviver politicamente tem chances de manter o mandato, caso contrário, enfrentará sérias dificuldades para se reeleger.
Zé Maurício (PP) – Obteve em 2010 33.644 votos ficando na segunda suplência da Frente Popular. Desde o início da legislatura que assumiu o mandato. Precisará ampliar a sua votação se quiser continuar na Casa Joaquim Nabuco.