
O aumento no valor da bandeja de ovos em todo o país foi tema de debate na reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) desta terça (18). A deputada estadual Débora Almeida (PSDB), que representa o setor avícola e tem na defesa do agro uma bandeira do seu mantado, fez críticas ao governo federal por insinuar que os produtores estariam manipulando os preços dos ovos.
Conhecedora profunda do setor avícola de São Bento do Una, no Agreste de Pernambuco, ela destacou fatores que contribuem para o aumento dos preços, como condições climáticas extremas, desvalorização cambial e elevação nos custos de insumos, especialmente milho e soja. Débora Almeida enfatizou a necessidade de fortalecer o setor e convidou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para visitar São Bento do Una e compreender os desafios enfrentados pelos produtores locais.
Fatores como ondas de calor recordes, que causam estresse térmico nas galinhas e reduzem a postura, e o aumento nos custos de ração devido à alta nos preços do milho e da soja, contribuíram para essa elevação. Além disso, a proximidade da Quaresma e o retorno às aulas aumentaram a demanda por ovos, pressionando ainda mais os preços.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) atribui a alta dos preços a fatores sazonais, como o aumento da demanda durante a Quaresma, e aos elevados custos de produção, incluindo a alta nos preços do milho e da soja, além das condições climáticas adversas que afetam a produtividade das aves.
Diante desse cenário, a deputada Débora Almeida reforça a importância de o governo federal analisar as causas do aumento dos preços e buscar soluções que fortaleçam o setor avícola, garantindo um mercado equilibrado e sustentável para produtores e consumidores.
“Gostaria de convidar o presidente Lula para visitar a nossa cidade de São Bento do Una, onde nós temos o maior déficit hídrico do país, mas que é o 4º maior produtor de ovos do Brasil, conversar com homens e mulheres corajosos e resilientes, que transformam todos os obstáculos em oportunidades. O foco deve ser sempre na busca por soluções, ao invés de ficar apontando dedos e buscando culpados”, finalizou Debora Almeida.
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