Araripina (25 de janeiro) – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, anunciou nesta manhã, em Araripina (PE), um pacote de ações voltadas para aumentar a competitividade de empresas instaladas no polo gesseiro da região. O objetivo do programa é aumentar as exportações do setor para mercados como Canadá, Estados Unidos, México, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru.
Para Monteiro, o lançamento de um projeto voltado para fomentar a exportação do setor é um reconhecimento de que as empresas gesseiras de Araripina são muito importantes para a economia do Brasil. “O polo gesseiro foi considerado estratégico por entendermos que pode dar uma contribuição ainda mais positiva para a balança comercial brasileira. Mas é preciso conquistar novos mercados. Há cerca de 25 empresas da região que, no curto prazo, podem começar a exportar”, afirmou.
Durante o evento, o ministro destacou também que as ações anunciadas estão em linha com as diretrizes do Plano Nacional de Exportações, lançado em junho do ano passado, que prevê a regionalização das ações de apoio à exportação. “Um plano só é verdadeiramente nacional se estiver nas diferentes regiões do país”, disse.
Armando Monteiro destacou ainda que o Projeto Setorial do Gesso é uma ferramenta importante para que as empresas da região mantenham o nível de produtividade e empregabilidade em um cenário de retração da demanda interna.
“No atual cenário, temos que aproveitar o câmbio para exportar. Essa é a melhor forma de manter, e até mesmo ampliar os empregos. Para isso, o MDIC e a Apex-Brasil vão promover missões empresariais, missões comerciais, além de trazer clientes, o que se traduzirá em novos negócios para o polo de Araripina, contribuindo para manter o dinamismo econômico da região”.
Voltado para empresas de pequeno e médio portes, o Projeto Setorial do Gesso é mais uma ação do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), lançado em Pernambuco pelo ministro em novembro do ano passado. Ao todo, o projeto vai atender 37 empresas, sendo 33 de Pernambuco e o restante do Ceará, Pará e Amazonas. A meta é exportar US$ 350 mil em 2016 e chegar a US$ 500 mil em 2017. O projeto é uma parceria do Sindicato da Indústria do Gesso (Sindusgesso) e da Apex-Brasil.
Entre as ações do projeto estão a avaliação do setor no Brasil e no mundo, estudos de benchmarking internacional de boas práticas de sustentabilidade, elaboração de diagnóstico tanto do mercado quanto das empresas, realização de oficinas de sensibilização e, também, o estabelecimento de diretrizes para atuação em mercados externos.
Para 2016 está prevista a participação nos seguintes eventos setoriais: Expo Revestir, que acontece em março em São Paulo; Feira Expo Camacol na Colômbia, em agosto, e Green Build nos EUA, em outubro. Além disso, serão realizadas missões prospectivas para Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia, Angola e Moçambique.
O polo gesseiro responde atualmente por 95% do fornecimento de produtos para o mercado nacional. No mundo, o Brasil se posiciona como 11º maior produtor, de acordo com dados do Sindusgesso. A produção bruta, em 2013, último dado disponível, chegou a 3,3 milhões de toneladas, sendo que mais de 85% desse montante teve origem em Pernambuco. O setor emprega diretamente 13,8 mil pessoas e quase 70 mil indiretamente.