Alvo de críticas por parte de petistas e dos defensores do segmento LGBT devido ao projeto de sua autoria, o Estatuto da Família, o deputado federal Anderson Ferreira (PR-PE) disse à revista IstoÉ, desta semana, que existe uma hipocrisia no País, quando o assunto envolve núcleo familiar. Ele enfatiza que seu projeto tem como base a Constituição Federal, que é a mesma que rege programas sociais importantes do Governo Federal, mas que ninguém levanta a voz para protestar.
Ao ser indagado pela reportagem da IstoÉ sobre os critérios utilizados pelo próprio Governo, Anderson Ferreira respondeu: “Os critérios para a concessão do Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família e regularização fundiária especificam a relação de casamento entre homem e mulher para garantir a titularidade do benefício. O Governo é hipócrita”. E então questiona como ficam os casais homoafetivos para serem beneficiados pelos programas federais.
Na sua opinião, há uma evangelicofobia no País, pois parece que o projeto do Estatuto da Família só é criticado pelo fato de o autor ser um parlamentar evangélico. Ao passo que a Constituição de 1988, que estabelece em seu artigo 226, parágrafo 3º, o núcleo familiar formado entre homem e mulher, não é vista como homofóbica.
O deputado destaca na IstoÉ que o projeto é formado por um conjunto de políticas públicas para serem aplicadas no âmbito familiar. Anderson Ferreira acredita que o Estatuto da Família será votado nos próximos meses, depois de ouvir todos os segmentos da sociedade e ficar claro que é um projeto que só trará benefícios e servirá de parâmetro para as famílias cobrarem seus direitos ao poder público.