Em meio à pandemia provocada pela disseminação do Coronavírus, uma análise de laboratório particular da água de Cortês, na Zona da Mata de Pernambuco, solicitada pela vereadora e pré-candidata a prefeita Fátima Borba (PMDB), revelou contaminação da água. Na análise, constatou-se a presença de bactérias conhecidas como coliformes fecais, o que indica a presença de fezes. Os coliformes foram encontrados em um nível acima do permitido por lei, portanto, a água foi apontada como imprópria para uso. Fátima Borba já acionou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para tomar providências quanto ao caso.
A vereadora Fátima Borba decidiu solicitar a análise laboratorial depois de ser procurada por diversas pessoas de Cortês de Barra de Jangada que observaram a água em uma cor alterada e estranharam a qualidade. “Infelizmente recebemos um resultado da pior qualidade possível”, comentou a vereadora.
De acordo com o médico Garibaldi Gurgel, que realizou uma análise dos resultados, é muito provável que as frequentes doenças de pele encontradas na população da região, como dermatites, estejam relacionadas com o problema da água. Além disso, as gastroenterites, que são doenças intestinais marcadas por diarreias, cólicas, vômitos, náuseas e febre, também podem ter relação direta com o descaso. “A saúde da água de Cortês continua de péssima qualidade”, comentou o médico.
Providências
Segundo o advogado Otávio Sampaio, que está tomando providências quanto ao caso através do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a Prefeitura Municipal de Cortês investiu pelo menos R$ 270 mil no tratamento de água nos últimos anos, mas o resultado não foi visto. “Vamos procurar responsabilizar os gestores do município de Cortês”, comentou. Outra medida a ser solicitada será a isenção do pagamento da taxa de água para a população até que a situação seja normalizada.
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