A Administração de Fernando de Noronha firmou parceria com o Centro Brasil no Clima (CBC), a Plataforma Circularis – rede colaborativa de incentivo à economia circular e com o Sinspire – hub de inovação, cultura e sustentabilidade durante a Conferência Brasileira de Mudança do Clima (CBMC), realizada no Bairro do Recife, para cooperação e intercâmbio técnico com objetivo ao desenvolvimento de projetos, eventos e atividades que promovam diálogo e troca de conhecimentos, voltados para elaboração de planejamento estratégico participativo, com respectivos planos de ações, abrangendo as áreas de energia, mobilidade, economia circular e gestão de resíduos.
O objetivo é fortalecer o Projeto Noronha Carbono Zero, que proíbe carros à combustão na ilha e incentiva a entrada de veículos elétricos no arquipélago. Além de intercâmbio de promoções para o desenvolvimento de Baixo Carbono e Economia Circular, atraindo parceiros, fomentando inovações sustentáveis e articulando iniciativas para fortalecer o empreendedorismo local. Dentro de um plano de ações com objetivos e metas a serem alcançadas em curto (1 ano) e médio prazo (4 anos). A parceria visa o desenvolvimento sustentável da sociedade noronhense.
Além do Programa Carbono Zero, que vem sendo desenvolvido desde 2013, já está em prática também o Noronha Plástico Zero, que proíbe a entrada, circulação e comercialização de plásticos descartáveis na Ilha, como sacolas plásticas, canudos, pratos e talheres. De acordo com o Administrador da ilha, Guilherme Rocha, o projeto vem dando certo e ganhando apoio da iniciativa privada. “Envolvemos toda a comunidade nessa proposta e vamos distribuir 5 mil kits para todos os moradores da ilha, com ecobag, canudo e copo sustentável, para incentivá-los a pensar no futuro e cuidar do arquipélago”, afirma Guilherme.
Com o Noronha Carbono Zero, Fernando de Noronha se tornou o primeiro território brasileiro com objetivo de ter em sua mobilidade apenas carros elétricos. Segundo Guilherme Rocha, a meta é para que a partir de 2022 não entre carro à combustão na ilha e a partir de 2030 seja proibida a circulação de veículos à combustão em toda a comunidade noronhense. “A nossa meta é que Noronha esteja fora da poluição ambiental. É preciso preservar a partir de agora, pois tudo o que fizemos em gerações anteriores, já estamos sofrendo as consequências atuais”, destacou o administrador durante o evento. De acordo com Guilherme, a previsão é de que até 2030 a energia seja cem por cento renovável.
Segundo Sérgio Xavier, criador da Plataforma Circularis e ex-secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, o projeto que será executado em Noronha trabalha com três ações imediatas. Uma é com as empresas aéreas para reduzir emissões de carbono dos voos por compensação, com plantio de árvores no continente; outra é no eixo da mobilidade para a implementação mais rápida de veículos elétricos, criando facilidades para o morador. A ideia é criar modelos que possam reduzir custos na troca do veículo antigo pelo elétrico e desenvolver sistemas de compartilhamento. O terceiro eixo é o da energia, para diminuir o uso da usina térmica que emite muito carbono e passar a usar a energia eólica, solar, biocombustíveis e energia das ondas. “As ações trazem melhorias tanto para a comunidade quanto para o meio ambiente. Esse Termo de Cooperação cria caminho inovador ao permitir a participação de várias empresas e instituições para colocar em prática as metas dos Decretos e Programas, sem usar recursos públicos, criando um novo modelo econômico inclusivo e sustentável”.
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