Sem conseguir aglutinar forças em torno de sua pré-candidatura, em meio ao desencontro no campo do centro-direita, o ex-deputado federal e ex-ministro da Educação no governo Michel Temer, Mendonça Filho (DEM), já sinaliza que sua postulação a prefeito do Recife pode não prosperar. Durante entrevista à TV Diario de Pernambuco, o democrata externou que, assim como seu nome, o grupo oposicionista também possui outros concorrentes que podem encarar o desafio eleitoral neste ano. Nominalmente, Mendonça citou a correligionária Priscila Krause, o ex-senador Armando Monteiro (PTB), o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), dentre outros postulantes.
Mendonça Filho argumentou que, ao contrário da última eleição municipal, em 2016 – quando o campo oposicionista se dividiu em múltiplas candidaturas concorrendo contra o prefeito Geraldo Julio (PSB) e João Paulo (à época, no PT) -, no pleito deste ano a oposição deveria se unir numa postulação única.
“Defendo a unidade. Na última eleição, quando o centro-direita se desuniu, houve uma polarização entre o candidato do PT, que foi João Paulo, e o atual prefeito Geraldo Julio, onde foram para o segundo turno. Eu não quero que isso se repita”, preparou Mendonça Filho, apontando nomes fortes para encarar a corrida majoritária neste ano.
HISTÓRICO DE DERROTAS – Além do alto número de candidaturas pela oposição, com sete nomes disputando a indicação do bloco opositor à gestão Geraldo Julio, o que também estaria pensando na decisão de Mendonça Filho de desistir do pleito seria o histórico de derrotas majoritárias. Em pelo menos cinco disputas eleitorais que integrou chapas majoritárias, o democrata saiu derrotado.
Foi assim quando concorreu como vice-prefeito, em 1988; em 2006, após suceder Jarbas Vasconcelos, comandar um governo por nove meses e tentar se reeleger; em 2008, quando perdeu a disputa para prefeito do Recife para João da Costa (PT); em 2012, novamente no pleito municipal do Recife, sendo derrotado pelo então secretário estadual Geraldo Julio; e, por fim, em 2018, quando amargou a 3ª colocação na corrida pelo Senado, ficando atrás de Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (MDB).
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