O núcleo do ex-presidente Jair Bolsonaro aponta suposta mágoa como principal motivo para o general Santos Cruz depor contra o ex-chefe no caso da Abin Paralela. O ex-ministro da Secretaria de Governo afirmou à Polícia Federal que o clã Bolsonaro teria se encontrado com representantes da empresa israelense Cognyte, desenvolvedora do software First Mile, usado indevidamente para monitorar autoridades e jornalistas.
Segundo pessoas próximas a Bolsonaro, a rusga teria começado porque Caio Santos Cruz, filho do general, teria tentado fazer lobby para ampliar o espaço de empresas israelenses dentro da administração federal, o que teria sido vetado pelo então presidente.
De acordo com ministros que atuaram no governo Bolsonaro, a relação com o militar sempre foi tensa. Eles relatam postura inusitada do general durante as discussões: quando a divergência de ideias levava a um debate inflamado, Santos Cruz teria o costume de ajeitar o paletó de modo a mostrar a arma exposta.
A Polícia Federal investiga o uso do FirstMile pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra políticos, juízes e jornalistas durante o governo Bolsonaro. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente, chegou a ser alvo de uma operação de busca e apreensão, assim como o deputado Alexandre Ramagem (PL), ex-chefe da Abin.
Fonte: Metrópoles
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