O Democratas tem sofrido quedas sucessivas desde que deixou de ser PFL, quando já havia sofrendo perda de representação, porém, em vez de mudar a curva de descenso, a situação só fez piorar. Desde 1986 foram sete eleições para deputado federal e o partido só fez minguar de lá até cá. E para as eleições do ano que vem o quadro é desesperador.
No longínquo ano de 1986 o PFL governava Pernambuco com Roberto Magalhães e lançava José Múcio Monteiro contra Miguel Arraes que viria a ser o vitorioso daquele pleito, arrastando os dois senadores e desbancando Margarida Cantarelli e Roberto Magalhães, candidatos do PFL ao Senado.
Naquela eleição o PFL elegeu nada menos do que onze deputados federais dos 25 que Pernambuco tinha direito. Nada menos do que 44% da bancada pernambucana na Câmara dos Deputados. Foram eleitos pelo partido Joaquim Francisco, Osvaldo Coelho, Paulo Marques, Inocêncio Oliveira, Gilson Machado, Ricardo Fiuza, José Jorge, José Mendonça, José Moura, Salatiel Carvalho e José Tinoco.
Para a Assembleia Legislativa o partido emplacou 19 deputados estaduais dos 49 eleitos, o que equivale a 38,8% da bancada da Casa Joaquim Nabuco, os eleitos foram: Osvaldo Rabelo, Felipe Coelho, José Aglaílson, Manoel Ramos, Arthur Oliveira, Maviael Cavalcanti, Antonio Mariano, Geraldo Barbosa, Vital Novaes, Geraldo Coelho, Mendonça Filho, Henrique Queiroz, Joel de Holanda, Carlos Porto, Argemiro Menezes, José Liberato, Fausto Freitas e Ivo Amaral.
Nas eleições de 1990 o partido emplacou Joaquim Francisco como governador que desbancou Jarbas Vasconcelos, bem como Marco Maciel no Senado, que desbancou José Queiroz. Para a Câmara dos Deputados foram eleitos novamente 11 representantes, que foram eles: Roberto Magalhães, José Múcio, Ricardo Fiuza, José Mendonça, Inocêncio Oliveira, Osvaldo Coelho, Gilson Machado, Gustavo Krause, Pedro Corrêa, José Jorge e Salatiel Carvalho. Enquanto para a Assembleia Legislativa o partido emplacou apenas quinze parlamentares, que foram eles: Osvaldo Rabelo, Eduardo Araújo, José Marcos, Natalício Mendonça, Paulo Cintra, Mendonça Filho, Geraldo Barbosa, Geraldo Coelho, Antonio Mariano, Romário Dias, Augustinho Rufino, Sebastião Oliveira e Aníbal Caribé.
No pleito de 1994 que teve como vitorioso Miguel Arraes para governador, o candidato do PFL foi Gustavo Krause, para o Senado foram eleitos Carlos Wilson (PSDB) apoiado pelo PFL e Roberto Freire (PPS) apoiado pelo PSB. Para deputado federal o partido emplacou novamente 11 parlamentares que foram eles: Roberto Magalhães, Inocêncio Oliveira, José Múcio, Osvaldo Coelho, Mendonça Filho, Pedro Corrêa, José Jorge, Tony Gel, José Mendonça, Severino Cavalcanti e Carlos Guerra. Enquanto para deputado estadual o partido alcançou 17 eleitos que foram eles: Geraldo Coelho, Gilberto Marques Paulo, Enoelino Magalhães, Eduardo Araújo, Romário Dias, André de Paula, Carlos Rabelo, José Marcos, Gedeão Rosa, Antonio Mariano, Geraldo Barbosa, Henrique Queiroz, Tereza Duere, Eduardo Batista, João Mendonça, Sebastião Rufino e Manoel Ferreira.
Na disputa de 1998, quando o PFL apoiou Jarbas Vasconcelos indicando Mendonça Filho como vice, a União por Pernambuco foi vitoriosa e ainda emplacou José Jorge para o Senado, naquela eleição Fernando Henrique Cardoso foi reeleito para a presidência da República. Como se coligou com o PMDB e o PSDB, acabou emplacando apenas oito deputados federais, que foram eles: Inocêncio Oliveira, Joaquim Francisco, Osvaldo Coelho, José Múcio, José Mendonça, André de Paula, Tony Gel e Ricardo Fiuza. Na disputa pela Assembleia foram eleitos apenas doze parlamentares, que foram eles: Geraldo Coelho, Augusto Coutinho, Lula Cabral, Sebastião Rufino, Gilberto Marques Paulo, José Marcos, Antonio Mariano, Eudo Magalhães, Romário Dias, João Mendonça, Ciro Coelho e Teresa Duere.
Em 2002 Jarbas Vasconcelos foi reeleito e conseguiu arrastar consigo Marco Maciel e Sérgio Guerra para o Senado, no plano federal o eleito foi Lula (PT). O PFL que integrava a União por Pernambuco elegeu apenas cinco deputados federais, que foram eles: Inocêncio Oliveira, André de Paula, José Mendonça, Joaquim Francisco e Osvaldo Coelho. Para a Assembleia Legislativa o partido emplacou apenas sete deputados estaduais, que foram eles: Augusto Coutinho, Elias Lira, Ciro Coelho, Romário Dias, Sebastião Rufino, Maviael Cavalcanti e Roberto Liberato.
No pleito de 2006 quando Mendonça Filho foi o candidato do partido e acabou perdendo para Eduardo Campos, Jarbas Vasconcelos foi eleito para o Senado e Lula reeleito para a presidência, o PFL emplacou apenas três deputados federais que foram Roberto Magalhães, José Mendonça e André de Paula. Enquanto para a Assembleia Legislativa o partido elegeu oito deputados estaduais que foram eles: Miriam Lacerda, Romário Dias, Augusto Coutinho, Elias Lira, Ciro Coelho, Maviael Cavalcanti, Geraldo Coelho e Manoel Ferreira.
Enfim, chegamos a 2010 quando o partido já na oposição elegeu apenas dois deputados federais que foram Mendonça Filho e Augusto Coutinho e dois deputados estaduais que foram Tony Gel e Maviael Cavalcanti. Para o Senado, Marco Maciel que era candidato à reeleição acabou ficando em terceiro lugar na disputa.
O cenário se mostra altamente complexo para o DEM que irá penar para eleger um deputado federal e terá elevadas dificuldades para manter a bancada que possui na Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2014. Além de ser oposição nas três esferas, o partido elegeu apenas um prefeito entre as 184 prefeituras de Pernambuco em 2012. A situação do partido presidido pelo ex-governador e deputado federal Mendonça Filho é caótica.
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