Manuela Marinho é a primeira mulher a comandar a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), desde que a estatal foi criada. Manuela assumiu a presidência em agosto de 2019, com o grande desafio de ampliar o abastecimento de água e o esgotamento sanitário em Pernambuco. A presidenta falou com exclusividade ao Blog do Alberes Xavier e na Rede Pernambuco de Rádios. Ela fez um balanço do seu trabalho, falou dos desafios enfrentados no período, e o legado que deixa para o próximo governo que vai assumir a partir de janeiro de 2023.
“A gente faz o balanço da gestão com muita alegria e com a sensação do dever cumprido”, disse. “A Compesa teve esse crescimento todo desde a visão do então governador Eduardo Campos que quis mudar a questão do abastecimento e do esgotamento sanitário. E o governador Paulo Câmara manteve a visão, e foi o Governador que mais investiu até hoje; em melhoria do abastecimento de água e do esgotamento sanitário. Desde 2015, quando ele assumiu, foram mais de R$ 6 bilhões de reais [investidos] no tema. Então a gente sai, deixando só em 2022, mais de 30 cidades fora do rodízio [de abastecimento]”, destacou.
A presidenta apontou que um dos grandes desafios é a falta de disponibilidade de água no estado. “Pernambuco é o estado do país com menor quantidade de água por habitante”. Sendo que grande parte desse volume se concentra principalmente na Zona da Mata e no Litoral. Ela avaliou que as críticas que a instituição tem recebido, principalmente em período de campanha eleitoral, se deve principalmente a uma perspectiva na mudança do modelo do marco legal adotado pela atual administração. “É importante, que seja dito que a Compesa [e o Governo] teve uma visão de vanguarda há muitos anos. A PPP (Parceria Público-Privado) da Compesa continua hoje sendo a maior PPP de esgotamento sanitário do país. Foi a primeira do país. Então a gente sabe trabalhar com o privado”, pontuou.
“A gente espera que a população pernambucana cada vez mais saiba valorizar essa empresa que é a maior empresa do estado de Pernambuco, o maior ativo, e ela é genuinamente pernambucana. Com um corpo técnico, 95% concursado, formado de pessoas extremamente capacitadas, que trabalham dia e noite para melhorar a vida dos pernambucanos”, frisou.
Manuela ainda falou sobre o processo de transição com a equipe do governo da próxima governadora. A gestora da Companhia de Saneamento revelou que os contatos se deram até agora por ofícios com requisição de informações.
Ela assegurou que as obras que fazem parte do planejamento continuam em andamento, a Adutora do Agreste, por exemplo, será inaugurada no início da gestão de Raquel Lyra. “Porque o governador Paulo Câmara colocou dinheiro do Governo do Estado”, afirmou.
“A gente deixa a empresa toda estruturada para que ela seja administrada da melhor forma”, concluiu.
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