Ontem os principais blogueiros políticos noticiaram a possibilidade do deputado Maurício Rands (PT), atual secretário de governo de Eduardo Campos, ser o candidato da Frente Popular no Recife.
Vejo essa possibilidade como uma alternativa a frear a candidatura de Armando Monteiro que começou a ganhar musculatura na última semana.
Na verdade, os números apresentados pela pesquisa Maurício de Nassau, se não foram excelentes para o prefeito, também não foram de todo ruim. Em votos válidos, que é o que realmente conta na eleição, o prefeito teria entre 34% e 47% a depender do cenário.
A rejeição do prefeito começou a diminuir e com a propaganda oficial dando evidência aos acertos da gestão, é provável que até o final de abril, João da Costa chegue na casa dos 30% de intenções de voto, e provavelmente ultrapasse os 50% dos votos válidos.
Além do mais, fica óbvio que retirar o direito legítimo do prefeito João da Costa de disputar a reeleição é um tremendo tiro no pé. O PT prejudicará a força do partido na capital com esta atitude.
Exceto João Paulo, nomes como Fernando Bezerra Coelho, Silvio Costa Filho e Cadoca estão muito aquém de números consideráveis para uma disputa majoritária.
Vale salientar que João da Costa começou com 1% de intenções de voto e foi crescendo gradativamente. Ele estava em evidência desde que João Paulo foi reeleito e disputou o mandato de deputado estadual em 2006. Sua candidatura foi ganhando musculatura e teria terminado o primeiro turno com 58% dos votos válidos se não houvesse o episódio da cassação.
A própria Dilma Rousseff começou com índices baixos em 2009 e foi crescendo, quando chegou nesta época já tinha 25% no Ibope em intenções de voto.
O que explico é que uma nova candidatura da Frente Popular para ser construída a esta altura do campeonato é totalmente inviável. A não ser que o cenário mantenha João da Costa disputando reeleição e um candidato alternativo como Armando Monteiro.
Lançar Maurício Rands a essa altura do campeonato é dificílimo. A candidatura pra ser construída será muito dolorosa politicamente, mesmo com padrinhos como Eduardo Campos, Dilma Rousseff e Lula.
Por isso, acho muito difícil que Eduardo, inteligente como é, concordar com uma decisão dessa. Ele não é Deus, e sabe que essa picuinha do PT com João da Costa não vai levar a Frente Popular a lugar nenhum, a não ser à derrota.
Deixe um comentário