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O PT criou núcleos de evangélicos em estados para tentar recuperar, nas eleições de 2022, os votos que perdeu entre os mais pobres em em 2016 e 2018. O próximo passo é a criação de comitês que unam líderes neopentecostais aos demais partidos de esquerda, como o PSB, com o qual petistas negociam formar, entre tancs e barrancos, uma federação. Quem comanda as articulações é o homem de confiança do ex-presidente Lula (PT) e ex-chefe da Secretaria Geral da Presidênia da República, Gilberto Carvalho.
O objetivo é adaptar a comunicação das campanhas aos valores desses segmentos para quebrar a resistência à candidatura de Lula ao Planalto. Segundo a coordenadora do Núcleo de Evangélicos do PT (NEPT), deputada Benedita da Silva (RJ), o grupo busca reverter a noção de que cristãos deste segmento são avessos à sigla. “No governo Lula, os evangélicos melhoraram de vida e os dízimos das nossas igrejas aumentaram”, explicou.
O fortalecimento dos canais de interlocução com evangélicos foi um pedido de Lula. Em 2016, o PT perdeu mais da metade das 630 prefeituras que controlava. Desde então, a legenda estuda estratégias para conciliar seu discurso com demandas do eleitorado evangélico e entre os mais pobres. A perda de apoio entre eleitores de baixa renda foi considerada fundamental para o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e para a derrota de Fernando Haddad (PT) para Jair Bolsonaro (PL) em 2018.
Recife
Em Pernambuco, o PT também sentiu sua popularidade cair em regiões estratégicas. No Recife, o bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul da capital, era considerado reduto petista até as eleições de 2018, onde o bolsonarismo ganhou força. Mesmo com todo o simbolismo de ter sido transformada no governo Lula, o resultado do primeiro turno da eleição de 2018 fez com que Bolsonaro ficicasse em primeiro lugar, com 3.346 votos, contra 3.180 para Haddad. No segundo turno, Haddad recebeu os votos de outros candidatos e teve 57% contra 43% do atual presidente.
Com informaçãos do UOL
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