Nacionalização da disputa será inevitável em Pernambuco
A oposição, que tem três pré-candidaturas efetivamente colocadas, Anderson Ferreira (PL), Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB), além da possibilidade do ministro Gilson Machado (PSC) também disputar o Palácio do Campo das Princesas, tem repisado a tese de que a eleição em Pernambuco será estadualizada, com os problemas locais em primeiro plano relegando a questão nacional ao segundo plano. Os prefeitos Anderson Ferreira e Miguel Coelho, em algumas entrevistas, chegaram a deixar claro essa estratégia.
Em que pese justificar a tentativa por parte da oposição de estadualizar o debate, ele não se lastreia na realidade, uma vez que diferente da eleição municipal que é uma eleição descasada e extremamente local, a disputa presidencial acaba de alguma maneira respingando no pleito estadual devido a coincidência da data de votação e da campanha propriamente dita.
O quadro se agrava com a presença do ex-presidente Lula na disputa, devido o legado do seu governo para Pernambuco e o fato de o petista ser um pernambucano que leva o nosso estado para as discussões nacionais. Até pela própria natureza do povo pernambucano, extremamente bairrista e politizado, beira a utopia achar que o componente nacional não terá influência em Pernambuco numa eleição que tem Lula disputando novamente o Palácio do Planalto.
Por mais que a oposição queira desvincular-se desta tentativa de nacionalização por parte da esquerda e da própria Frente Popular, não será tarefa das mais fáceis, cabendo ao grupo buscar estratégias que fujam da dicotomia Lula x Bolsonaro que certamente influenciará no pleito local como aconteceu em disputas anteriores, como por exemplo a disputa de 2018 da narrativa do “time de Temer” e da própria eleição de 2006, quando a força de Lula alavancou Eduardo Campos e Humberto Costa no primeiro turno e garantiu uma vitória acachapante a Eduardo Campos sobre Mendonça Filho no segundo turno daquele pleito.
Ranking – O último ranking de Connected Smart Cities, de 2021, que analisou 677 municípios do Brasil acima de 50 mil habitantes, apresentou Ipojuca como 1° colocado na área de Segurança entre as cidade de 50 a 100 mil habitantes. E no ranking geral dos 677 municípios brasileiros avaliados, a Segurança ipojucana ficou em 2° lugar, perdendo apenas para São Caetano do Sul (SP).
Ações – Investimentos realizados pela gestão da prefeita Célia Sales na área de Segurança per capita, reduções na taxa de homicídios (em 2021 Ipojuca alcançou a menor taxa desde a série histórica de 2004), ações de valorização da corporação da Guarda Municipal, além da Central de videomonitoramento com 129 câmeras, e articulação com outros órgãos, compuseram os indicadores do ranking.
Dobradinha – A deputada estadual Roberta Arraes fechou uma importante dobradinha com Aluízio Coelho, que filiou-se ao PP para disputar um mandato na Câmara dos Deputados. Ex-candidato a prefeito de Araripina, Dr. Aluízio, como é mais conhecido poderá sair do Araripe com 30 mil votos, fortalecendo a chapa proporcional do partido presidido pelo deputado federal Eduardo da Fonte.
Inocente quer saber – Sai essa semana o nome do candidato a governador da Frente Popular?
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