Candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou hoje que seu governo fará uma política pública dedicada ao jovem brasileiro, contemplando suas diversas demandas e segmentos com um olhar de longo prazo e voltado para o desenvolvimento do Brasil. Acompanhado por sua candidata a vice, Marina Silva, da REDE Sustentabilidade, ele participou de encontro com representantes de movimentos de juventude, sociais e étnicos de diversas partes do Brasil, para ouvir sua opinião sobre o futuro do País e deles recebeu a Carta das Juventudes, documento-síntese com as expectativas, compromissos e propostas dos jovens para a candidatura. Emocionados, Eduardo e Marina endossaram o documento e reafirmaram o compromisso de transformar a educação em prioridade. “A juventude compreendeu a necessidade de um olhar estratégico para o país e precisa ser compreendida pelo governo”, disse Eduardo. “O Brasil não tem um sistema nacional de juventude que compreenda as diferentes realidades. Nossa juventude quer seus direitos consolidados em políticas públicas”.
Para o presidenciável, o Brasil não será eternamente um país jovem e precisa apostar e investir na juventude agora, para garantir as condições necessárias para um novo ciclo de desenvolvimento sustentável. “ Nós temos os próximos 20 anos para consolidar uma política para a juventude e dar uma virada no Brasil”, frisou. Candidata a vice, Marina Silva reforçou a necessidade de uma atenção especial do governo a juventude que, na sua avaliação, vive um momento de insegurança diante do cenário do pais. “Eu sou um milagre da educação e esse é o nosso compromisso”, afirmou. “Queremos discutir ideias e políticas púbicas para o apoio a juventude, a economia criativa, capazes de produzir uma educação inovadora, que gere igualdade de oportunidades, com eixo estratégico na sustentabilidade”, completou.
O encontro foi organizado por lideranças dos movimentos de juventude e simpatizantes dos partidos da Coligação Unidos pelo Brasil, integrada pelo PSB, REDE, PPS, PPL, PRP, PHS e PSL; e reuniu mais de 200 jovens em São Paulo. Pela manhã, os jovens deliberaram sobre o conteúdo da Carta das Juventudes, apresentada aos candidatos na parte da tarde: o documento foi lido pelos jovens em ato transmitido, em tempo real, pela web. No documento, estão apresentadas as propostas para a melhoria das condições de vida dos jovens de todo o País, de todas as etnias e regiões, que representam 27% da população.
Compromissos – Entre as demandas dos jovens, estão a erradicação do analfabetismo, a destinação de mais recursos para a educação pública e a garantia do passe livre para os estudantes, além da escola em período integral. Na área tecnológica, os jovens propõem a inclusão digital em todo o Brasil, como ferramenta para a prática da cidadania, por meio da ampliação de projetos como as Cidades Digitais e dos Centros de Inclusão Digital. Também cobram a implantação do Programa Nacional de Juventude pelo Meio Ambiente, com foco no desenvolvimento sustentável. “Queremos cuidar do Brasil não somente para a nossa geração, mas também para as gerações futuras”, diz a carta.
O Brasil conta com uma população de mais de 50 milhões de jovens, entre 15 e 29 anos, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre eles está Artur Bernardes, de 19 anos, estudante de Direito de Santo André (SP) e que participou do lançamento da Carta das Juventudes. Sempre interessado por política, o jovem integrou o movimento da Juventude do PSB no começo de 2014. “Eduardo e Marina têm a cara do jovem brasileiro. Eles dão oportunidade para que a gente fale, para colocarmos nossas questões e perspectivas”, comentou o estudante.
Além das lideranças jovens dos partidos da Coligação Unidos pelo Brasil, também participaram representantes de movimentos sociais e indígenas e simpatizantes candidatura. É o caso de Narúbia Werreria, 27 anos, que veio de Palmas, capital do Tocantins, para representar o grupo indígena carajás, presente nos estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará. Líder de sua comunidade e porta voz da REDE Sustentabilidade, a estudante de Direito da Universidade Federal do Tocantins acredita que Eduardo e Marina poderão fazer a diferença a favor da população indígena brasileira. “Somos a raiz da cultura do País, e estamos marginalizados no que diz respeito à participação no poder público. Nesse aspecto, Marina sempre defendeu nossos direitos e lutou por um país pautado pelo desenvolvimento sustentável. Para nós, isso é fundamental, porque a natureza é nossa vida”, comentou a jovem.
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