Votos válidos foram semelhantes nos dois turnos
A oposição chegou a pregar voto nulo, branco e abstenção no segundo turno, e com a abertura das urnas, comemorou o fato de Marília Arraes ter perdido para a abstenção. Quem acompanha esse movimento, acaba entendendo que o eleitor atendeu ao pedido dos candidatos derrotados no primeiro turno, porém, os números mostram que não foi bem assim.
No primeiro turno tivemos 927.167 votos, entre brancos, nulos e votos dados a candidatos. O número dos votos dados a todos os candidatos a prefeito foi de 798.791 votos, com 82.928 votos nulos e 45.448 votos brancos. Na segunda etapa, foram 911.314 votos, entre brancos, nulos e votos dados a candidatos, 796.039 votos foram dados a João Campos ou Marília Arraes, nulos foram 83.558 e brancos 31.717.
Trocando em miúdos, o eleitor que não votou em João Campos ou Marília Arraes no segundo turno foi praticamente o que não quis votar em ninguém na primeira etapa, e quem definiu o jogo em favor de João Campos foi exatamente aquele mesmo eleitor que votou em Mendonça Filho, Patrícia Domingos, Alberto Feitosa e demais candidatos. Tanto que João Campos saltou de 233.028 votos no primeiro turno para 447.913 votos, aumentando em mais de 210 mil votos, enquanto Marília Arraes foi de 223.248 votos para 348.126, saltando quase 125 mil votos em relação ao primeiro turno.
Portanto, a comemoração dos candidatos que não foram ao segundo turno de que o eleitor atendeu ao apelo deles é equivocada e não tem lastro na realidade, e obriga todos eles a avaliar esse tipo de estratégia, que é prejudicial à democracia e não agrega em nada ao processo político.
Teste do pezinho – A pauta do Núcleo Recife do Grupo Mulheres do Brasil, sobre a disponibilização do Teste do Pezinho expandido na rede pública virou projeto de lei na Câmara Federal. O Projeto de Lei de número 5106/2020, visa aumentar a cobertura obrigatória para o teste do pezinho ampliado disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Sem essa iniciativa, a possibilidade de vida saudável de muitas crianças estaria condenada a sérias restrições irreversíveis. O autor da matéria que está tramitando na Câmara Federal é o deputado federal Augusto Coutinho (Solidariedade).
TCU – Na sessão desta quarta (2), o Tribunal de Contas da União (TCU) deverá eleger Ana Arraes como presidente. O mandato é de um ano, com possibilidade de recondução por igual período. A eleição está definida, pois o TCU, a exemplo do STF, adota a tradição de eleger o ministro mais antigo que ainda não tenha passado pela Presidência. A posse está marcada para 10 de dezembro, em sessão virtual. Ana Arraes foi indicada ao TCU pela Câmara dos Deputados, em 2011. É formada em Direito e foi deputada federal por Pernambuco entre 2007 e 2011.
Protagonismo – A disputa pela prefeitura de Paulista revelou o vice-prefeito eleito Dido Vieira (MDB) como um grande articulador político. O jovem empresário terá um papel importante na nova gestão de Yves Ribeiro (MDB) na cidade.
Inocente quer saber – Quando o prefeito eleito João Campos anunciará seu secretariado?
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