Oito dias depois de o Colégio Sagrada Família anunciar o fim de suas atividades por problemas financeiros, foi apresentado um requerimento na Câmara Municipal do Recife nesta terça-feira (3) para que a Prefeitura do Recife estude a possibilidade de classificar o conjunto arquitetônico da escola como Imóvel Especial de Preservação (IEP). O autor do pedido foi o vereador Augusto Carreras (PSB). O intuito é proteger o prédio de mais 115 anos de história do abandono ou da especulação imobiliária.
“Nós temos o compromisso de defender e zelar o patrimônio histórico e cultural do Recife. O que queremos é garantir a preservação desse imóvel, que integra a arquitetura da Praça de Casa Forte há mais de um século e que tem uma simbologia especial para os recifenses, principalmente os que vivem na Zona Norte”, afirmou Augusto Carreras, que amparou o seu requerimento na Lei Municipal 16.284/97.
O vereador pediu que, além das características arquitetônicas do imóvel, sejam analisados detalhes da pintura, vidraças, azulejos, madeiras e outros componentes com importância histórica.
O requerimento será apreciado pelos vereadores nos próximos dias antes de ser encaminhado ao Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU). Caberá a ele fazer os estudos sobre a edificação do Colégio Sagrada Família. Se dois terços dos membros do CDU votarem favorável a classificação do imóvel como IEP, o tema retorna à Câmara para se apreciado pelos vereadores como Projeto de Lei.
De acordo com a legislação, os IEP são “os imóveis constituídos por exemplares isolados, de arquitetura significativa para o patrimônio histórico, artístico e/ou cultural, os quais interessa a cidade preservar”. Se assim for classificado o prédio do Sagrada Família, os proprietários do prédio receberão estímulos e compensações. Essa uma forma de evitar que as edificações sejam abandonadas ou que se transformem em ruínas.
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