O PSDB vai com o que tem de melhor para a disputa presidencial
O PSDB perdeu três eleições presidenciais para o PT. Em 2002 e 2010 com José Serra e 2006 com Geraldo Alckmin. Nas três ocasiões, os candidatos do PSDB evitaram defender o legado de FHC, ex-presidente da República por oito anos. Talvez por isso e mais algumas variáveis, o PT acabou vencendo as eleições. Neste ano, o PSDB perdeu o medo de defender FHC e ainda em 2010 um político de alta plumagem tucana fez isso e acabou eleito senador por São Paulo. É o caso de Aloysio Nunes Ferreira, escolhido para ser o candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Aécio Neves. Aloysio Nunes é advogado, foi ministro da Justiça de FHC, deputado estadual, federal, vice-governador, secretário da Casa Civil de José Serra em São Paulo e hoje um dos ícones do PSDB no Senado Federal. Sua escolha foi a melhor que o PSDB poderia fazer por ser um partido nascido em São Paulo e que desde que o partido foi fundado, pela primeira vez não tem um paulista disputando a presidência da República, em 1989 disputou com Mario Covas e FHC apesar de carioca tem carreira política consolidada por São Paulo. As três derrotas trouxeram aprendizados importantes aos tucanos e podem contribuir para que o partido marche unido em torno de Aécio Neves e Aloysio Nunes rumo ao Palácio do Planalto. Pela primeira vez, desde que o PSDB saiu da presidência, o partido possui uma unidade de fato para disputar o Planalto. Apesar de não garantir a vitória, é um grande passo para tentar conquistá-la.
Primeira mão – Este blog antecipou três acontecimentos anunciados ontem: O apoio do PP a Paulo Câmara e as escolhas de Aloysio Nunes e Paulo Rubem vices de Aécio Neves e Armando Monteiro, respectivamente.
Guilherme Uchoa – Todo poderoso da Alepe, o deputado Guilherme Uchoa (PDT) tem potencial eleitoral para mais de 100 mil votos. Porém, como seu partido migrou para a candidatura de Armando Monteiro, ele buscará se eleger com apenas 40 mil votos. Lançará sua filha, Giovana Uchoa, para deputada estadual pelo PSB.
PP – Não adiantou setores do PP ensaiarem uma neutralidade do partido ou uma migração para o palanque de Aécio Neves. O senador Ciro Nogueira, presidente nacional da sigla, numa canetada só definiu o apoio a reeleição de Dilma Rousseff.
PR – Já no PR prevaleceu o clientelismo. O partido pressionou e Dilma Rousseff remanejou César Borges do ministério dos transportes para a secretaria dos Portos. Já Paulo Sérgio Passos volta para o posto de ministro dos transportes.
RÁPIDAS
Roberto Jefferson – O ex-deputado Roberto Jefferson colocou na conta de Rui Falcão que não cumpriu acordos e Lula que insistiu com a candidatura de Lindbergh Farias a governador do Rio em detrimento a Pezão (PMDB) a saída do PTB da aliança de Dilma. Jefferson preservou Aloizio Mercadante e Dilma Rousseff do ocorrido.
Cadoca – O deputado Cadoca saiu do PMDB para o PSC e depois foi para o PCdoB. Ele busca a reeleição na Frente Popular. Se lograr êxito será o seu quinto mandato na Câmara dos Deputados.
Inocente quer saber – A que se deveu a pouca quantidade de gente no anúncio de Paulo Rubem Santiago como candidato a vice-governador de Armando Monteiro?
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