Força do PT pode colocar Marília no segundo turno
Alguns analistas políticos dão como certa a hipótese que a deputada federal Marília Arraes estará fora do segundo turno da disputa de novembro. Alegam que ela não conta com o apoio irrestrito do PT e é muito provável que ela venha a minguar no decorrer da eleição à medida que João Campos cresça durante a disputa.
É preciso lembrar que apesar das dificuldades o PT ainda conta com um eleitorado fiel e cativo na capital pernambucana, que garantiu a João Paulo em 2016, mesmo no auge da queda de Dilma Rousseff, 24% dos votos válidos no primeiro turno e 42% no segundo.
Nas eleições de 2018, mesmo com a onda Bolsonaro, Fernando Haddad obteve 30% dos votos válidos no primeiro turno e 52,5% na segunda etapa, o que permite considerar que a deputada federal Marília Arraes tem sim condições de ir a um segundo turno contra João Campos, nome da Frente Popular que conta com a força motriz da gestão do PSB.
Pesa a favor de uma eventual ida de Marília ao segundo turno a média histórica do PT de 20% de piso no Recife em diversas eleições e a fragmentação da direita em seis candidaturas, que dissipou o fator Bolsonaro na disputa. A multiplicidade de candidaturas de direita poderá repetir 2016, quando Daniel Coelho e Priscila Krause somados tiveram mais votos que João Paulo, os votos de Priscila faltaram a Daniel para ir ao segundo turno. Portanto, apontar Marília como carta fora do baralho como alguns candidatos de direita querem fazer é equivocado e não tem apego na realidade nem na história política do Recife.
Gráficas – As gráficas seguem sendo um problema nas contas eleitorais dos candidatos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter a cassação do deputado federal Manuel Marcos (Republicanos) e da deputada estadual Juliana Rodrigues (PSD), eleitos pelo Acre em 2018. Investigações apontaram que 84% do quase R$ 1,5 milhão destinado às duas campanhas foram gastos em materiais gráficos de uma única empresa, que, conforme apurado, não prestou os serviços. Além disso, a empresa nunca teria atuado no ramo gráfico.
Pardal – Com o fim do prazo de registro de candidatura em 26 de setembro, entrará no ar o aplicativo Pardal, criado pela Justiça Eleitoral para receber denúncias da sociedade sobre irregularidades em campanhas eleitorais. O aplicativo para celular existe desde 2014, mas foi aprimorado. Agora, o Pardal voltou seu foco para os ilícitos cometidos na propaganda eleitoral.
Comitê – Candidato a prefeito do Recife pelo PRTB, o deputado estadual Marco Aurélio gravou vídeo de seu comitê de 2018, que tinha diversas placas de Jair Bolsonaro. O líder da oposição cobrou de seus concorrentes fotos e vídeos pedindo votos para Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais.
Críticas – A candidata do PT a prefeita do Recife, Marília Arraes, criticou a decisão de alguns veículos de comunicação tradicionais de não realizar debates na disputa pela PCR. Para a petista, a decisão traz prejuízo ao processo eleitoral.
Inocente quer saber – Em quais das seis cidades pernambucanas teremos segundo turno?
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