O 22 de setembro é o dia da Jornada Mundial na Cidade Sem Meu Carro. Para simbolizar a data, a delegada Patricia Domingos (Podemos), candidata a prefeita do Recife, denunciou nesta terça-feira (22) a dificuldade diária de quem utiliza o transporte público dentro do Recife. Esta também é a Semana Nacional do Trânsito, que vai de 18 a 25 de setembro. Para Patricia, a falta de segurança e atual precariedade do serviço demonstra que a autonomia municipal do transportes é uma solução para que a cidade tenha controle sobre o que é oferecido aos cidadãos.
Por volta das 8h da manhã, de ônibus, a delegada saiu do bairro de Setúbal, Zona Sul do Recife, e foi até o centro do Recife. “Constatei a falta de segurança, as condições precárias, a demora para a chegada do ônibus até a parada — esperamos mais de 15 minutos por um ônibus —, e a falta de climatização. Por isso eu defendo a saída do Recife do Consórcio Grande Recife, para que a prefeitura possa gerir o transporte de forma autônoma e cobrar, exigir, a melhoria nas condições do transporte público para que as pessoas se desloquem com dignidade”, disse Patricia Domingos.
A delegada fez em 42 minutos um percurso que, em condições normais deveria durar 20 minutos, mais que o dobro do tempo. Uma realidade enfrentada por milhares de usuários de transporte no Recife. “Continuando a nossa Jornada na Cidade Sem Meu Carro, desembarquei aqui na Praça do Diario. Esse percurso, de Setúbal até aqui, tem 11 Km. O deslocamento normal seria feito em 20 minutos. Eu cronometrei. Gastei 42 minutos de ônibus para chegar até aqui”, afirmou Patricia.
O movimento da Jornada Mundial “na cidade, sem meu carro”, começou no ano de 1997 na França e foi trazido para o Brasil em 2001. O objetivo principal é promover a reflexão sobre o modelo de mobilidade dominante, onde o modo motorizado individual de locomoção, o automóvel, ganha mais espaço em detrimento do transporte público coletivo e do não motorizado, como bicicletas.
A Semana Nacional do Trânsito leva a uma reflexão sobre as vítimas de acidentes de trânsito. Também chama a atenção para a vulnerabilidade de pedestres, ciclistas, motociclistas e pessoas com deficiência no atual modelo de mobilidade.
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