A imposição do PDT nacional
Está em vias de se consumar a aliança entre o PDT, presidido em Pernambuco pelo prefeito de Caruaru, Zé Queiroz e o PTB do senador Armando Monteiro, candidato do partido a governador. Essa aliança se deu por intermédio da executiva nacional que nomeia comissões provisórias nos estados para agir ao seu bel prazer e realizar a aliança com quem quiser. Se fosse uma legenda qualquer, não haveria muito o que se discutir, porém trata-se de um partido com história no Brasil, outrora liderado por Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Hoje a legenda perde o respeito conquistado as custas de muita luta por ter como presidente nacional um cidadão chamado Carlos Lupi que não tem limites para fazer aquilo que lhe for mais conveniente. No âmbito de Pernambuco, há sete anos o deputado Paulo Rubem Santiago se filiou à legenda querendo apenas disputar a prefeitura de Jaboatão em 2008 e depois conquistar mais um mandato na Câmara dos Deputados em 2010. Naquela eleição, com apenas 42 mil votos ficou com a primeira suplência na Frente Popular, garantindo o seu mandato interinamente e depois com a renúncia de Ana Arraes que foi para o TCU, acabou efetivado. Hoje, sem votos, sem rumo e sem prumo, Paulo Rubem se juntou a Armando Monteiro e se articula para ser candidato a vice-governador na chapa liderada pelo petebista. Agindo dessa maneira, o PDT nacional está desmanchando a história de quem fez muito pelo partido, como é o caso dos deputados Wolney Queiroz e Guilherme Uchoa, presidente da Alepe, e o prefeito Zé Queiroz, presidente da sigla, todos ao lado de Paulo Câmara na disputa pelo governo de Pernambuco, já que o PDT foi uma das primeiras legendas a apostarem em Eduardo Campos quando ele possuía apenas um dígito nas pesquisas, enquanto Armando Monteiro e Paulo Rubem naquele pleito de 2006 se abraçaram de imediato com a candidatura de Humberto Costa. O PDT pode prejudicar bastante a sua perspectiva política com esse autoritarismo em benefício de um cristão-novo no partido em detrimento de quem possui história na legenda e acima de tudo, votos.
Convenção – O senador Armando Monteiro, candidato do PTB a governador, mudou o local da sua convenção. Em vez do Chevrolet Hall, no Recife, será no Palladium, em Caruaru. A data também mudou: 29 de junho.
Mendonça Filho – O deputado Mendonça Filho obteve em 2010, 142 mil votos para federal após ficar em segundo lugar na disputa pela prefeitura do Recife em 2008 com mais de 200 mil votos. Na eleição passada ficou em quarto lugar com menos de 20 mil votos para prefeito e poderá ter dificuldades de conquistar a reeleição no chapão da Frente Popular.
Terezinha Nunes – Suplente na última eleição, a deputada Terezinha Nunes assumiu o mandato após as vitórias de Edson Vieira (Santa Cruz do Capibaribe) e Carlos Santana (Ipojuca). Hoje liderada por Daniel Coelho, ela pretende alcançar 35 mil votos para conquistar o seu terceiro mandato na Casa Joaquim Nabuco.
João Fernando Coutinho – Candidato a deputado federal, o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Pernambuco disputará seu primeiro mandato em Brasília com o número 4040, o mesmo da ex-deputada Ana Arraes, mãe do ex-governador Eduardo Campos.
RÁPIDAS
Romário Dias – Ex-presidente da Alepe, Romário será candidato a deputado estadual pelo PTB, substituirá o filho Leonardo Dias (PSB) que pretende disputar a prefeitura de Paudalho em 2016. Romário almeja, caso Armando se eleja governador, ser o presidente da Casa Joaquim Nabuco.
Vinícius Labanca – Já o deputado Vinícius Labanca (PSB) espera que o vitorioso seja Paulo Câmara para que ele possa dar start na sua candidatura a primeiro-secretário da Alepe.
Inocente quer saber – Armando Monteiro mudou o local da sua convenção para Caruaru no intuito de evitar comparações de público com a de Paulo Câmara?
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