Em 2005 o deputado Inocêncio Oliveira era um dos maiores expoentes do PFL no Congresso Nacional e almejava ser candidato a governador de Pernambuco. Como o escolhido para ser o candidato pelo PFL era Mendonça Filho ele se filiou ao PMDB de Jarbas Vasconcelos, que acabou passando pouco tempo. Foi quando ele se filiou ao então Partido Liberal que futuramente viraria o atual Partido da República.
Abriu negociação com Mendonça Filho pedindo duas secretarias para apoiá-lo, seu pleito foi prontamente negado. Foi quando ele abdicou da pré-candidatura a governador para apoiar o projeto de Eduardo Campos, sendo um dos primeiros aliados do socialista naquela eleição, quando Eduardo ainda tinha um dígito nas pesquisas.
Talvez sem o apoio de Inocêncio Oliveira Eduardo sequer seria candidato, portanto comprovando a necessidade do apoio do PR e da visão de quem detinha a experiência de dez mandatos na Câmara dos Deputados para que o projeto do PSB lograsse êxito.
Após oito anos do sucesso daquele pleito e naturalmente do governo Eduardo Campos, Inocêncio Oliveira se viu extremamente menosprezado na Frente Popular. O seu peso político foi relegado ao segundo plano. A resposta não poderia ser outra. O líder republicano, que decidiu pendurar as chuteiras, nas vésperas das convenções estaduais, segue em dúvida sobre quem apoiará.
Se ficar com Paulo Câmara respeitará apenas o projeto do sobrinho Sebastião Oliveira que pretende ser candidato a deputado federal. Já se optar por Armando Monteiro, dará o troco em Eduardo Campos por tamanho desprezo e ainda poderá ser agraciado com o cargo de vice-governador, que poderá ser ocupado pelo próprio ou indicar o sobrinho Sebastião e tentar mais um mandato na Câmara dos Deputados.
A sorte está lançada e nas mãos de Inocêncio Oliveira.
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