O deputado federal André Ferreira, principal expoente do PSC em Pernambuco, vinha buscando a unidade da oposição em torno de uma única candidatura. Ele tinha colocado a pré-candidatura do deputado estadual Alberto Feitosa pelo seu partido, porém nunca colocou óbice para o entendimento da oposição, deixando claro inclusive para o próprio Feitosa essa possibilidade de não ter legenda para a disputa em novembro.
Porém, dois acontecimentos fizeram subir no telhado a tese de única candidatura, o primeiro foi o anúncio da delegada Patrícia Domingos como pré-candidata do Podemos que será oficializada na próxima semana. E hoje tivemos uma troca de farpas entre o deputado federal Daniel Coelho e o ex-ministro Mendonça Filho através da coluna de Renata Bezerra de Melo na Folha de Pernambuco.
O movimento evidenciou que o entendimento entre Daniel e Mendonça nunca existiu e agora não acontecerá em hipótese alguma. O que coloca pelo menos três candidaturas no campo da oposição tradicional. Porém, nenhuma dessas três candidaturas trazem o elemento Jair Bolsonaro para o jogo do Recife, os três querem o voto bolsonarista mas não querem defender Bolsonaro.
Por isso surge a necessidade do lançamento da candidatura de Alberto Feitosa no Recife. O parlamentar do PSC tem defendido abertamente a pauta bolsonarista e colocará o presidente no jogo de 2020. Pensando estrategicamente para 2022, onde há um projeto em curso liderado pelo prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, que pode ser candidato a governador, a candidatura de Feitosa seria fundamental para sentir o tamanho dos Ferreiras e principalmente o peso de Jair Bolsonaro em Pernambuco, vale salientar que o presidente teve a maior votação do primeiro turno na capital pernambucana e um candidato defendendo abertamente a pauta bolsonarista pode não chegar ao segundo turno mas consegue ter um resultado minimamente aceitável na capital.
Sem o elemento Bolsonaro na disputa do Recife, seu potencial tende a se dissipar, e ficará ainda mais difícil para construir um projeto em 2022 que represente o bolsonarismo em Pernambuco, uma vez que a tendência de 22 é de polarização entre o candidato do presidente e o candidato do PSB.
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