Nascido em 11 de abril de 1918, Liberato Costa Júnior estudou na Escola Normal do Recife, que depois, em 1962 tornaria-se a sede da Câmara Municipal, portanto sua história com a Casa José Mariano iniciou antes mesmo de ser vereador.
Seu primeiro mandato aconteceu em 1955, e de lá até 2008, ele exerceu dez mandatos como vereador do Recife, neste ínterim, na condição de presidente da Câmara, assumiu a prefeitura do Recife em 1963 quando Miguel Arraes elegeu-se governador de Pernambuco, e o vice, Arthur Lima, foi eleito deputado federal. Liba foi prefeito do Recife por pouco tempo, até ser sucedido por Pelópidas da Silveira, eleito em 1963.
Como prefeito do Recife, apesar do curto período, construiu a Ponte do Limoeiro, alargou a Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes na Imbiribeira e deu início a obras de revitalização na cidade. Liberato também foi eleito deputado estadual mas foi cassado e preso pelo regime militar em 1969.
Ele voltaria a ser vereador do Recife em 1982, ficando no cargo até 2008 quando não conquistou a reeleição. Apesar de ter sido prefeito e deputado estadual, foi no cargo de vereador que Liberato Costa Júnior ganhou notoriedade e entrou para a história como um dos principais políticos da cidade do Recife.
São de sua autoria o projeto que marca 12 de março como o aniversário da cidade do Recife, a criação da Rádio Frei Caneca e o projeto que cria o Diário Oficial do Recife. Além de ter sido um atuante vereador, Liberato Costa Júnior ficou marcado pela sua inteligência aguçada sobre política e eleição, a sua paixão pelo Recife e o seu posicionamento político de sempre estar do mesmo lado.
Uma de suas características foi a criação do DataLiba, um instituto extraoficial que levantava as chances de candidatos a vereador e deputado. Durante anos, Liba fazia as contas e apontava quem tinha melhores condições de ser eleito, o prognóstico era quase que uma revelação da abertura das urnas.
Com excelente relação com os pares e com os eleitores, Liberato ficou marcado por proferir diversas vezes a frase: “Gratidão é dívida que não prescreve”, também ficou marcado pela sua memória de elefante, pois era uma enciclopédia viva da política e do Recife. Sua partida, em 13 de janeiro de 2016, aos 98 anos, encerrou um caso de amor entre um homem e uma cidade. Mas sua existência será sempre lembrada por quem, assim como ele, gosta da política e da capital pernambucana.
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