Nascido em 11 de setembro de 1925, Armando de Queiroz Monteiro Filho formou-se em engenharia pela então Universidade do Recife, que depois viria a se tornar Universidade Federal de Pernambuco, chegando a participar ativamente do movimento estudantil.
Em 1950, aos 25 anos de idade, foi eleito deputado estadual, mas por conta do seu parentesco com o então governador Agamenon Magalhães, era genro, ficou impossibilitado de assumir o mandato. Em 1951 ficou na primeira suplência de deputado estadual numa eleição suplementar que ocorreu à época, e foi nomeado secretário de Viação e Obras Públicas no governo Agamenon Magalhães.
Em 1954 foi candidato a deputado federal, tornando-se o mais votado daquele pleito. Já no segundo mandato, em 1959, participou da elaboração da criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Nordeste, que serviria de base para a criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no final daquele mesmo ano.
Com a renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, votou a favor da emenda constitucional que criaria o regime parlamentarista e possibilitaria a ascensão do vice-presidente João Goulart ao cargo. Em 7 de setembro daquele ano, Goulart assumiu o cargo, e no dia seguinte nomeou Tancredo Neves para o posto de primeiro-ministro, e logo em seguida Armando Monteiro Filho seria escolhido ministro da Agricultura. Sua passagem pelo ministério foi até 26 de junho de 1962, com a renúncia de Tancredo Neves do cargo de primeiro-ministro.
Ao voltar para o seu mandato, Armando Monteiro Filho decidiu ser candidato a governador em 1962, enfrentando Miguel Arraes e João Cleofas de Oliveira. Naquela eleição, o vitorioso foi Miguel Arraes. Já em 1966, Armando Monteiro Filho enfrentou João Cleofas na disputa pelo Senado. Após uma dura disputa, que foi bastante acirrada, João Cleofas seria eleito para o posto.
Desde então, já com a adoção do regime militar, decidiu ficar distante dos mandatos eletivos, até a volta do pluripartidarismo em 1979, quando filiou-se ao PDT. Somente em 1994 voltaria a tentar mandatos eletivos, sendo candidato ao Senado na chapa de Miguel Arraes, que seria eleito governador junto com Roberto Freire e Carlos Wilson para a Câmara Alta.
Apesar de ter sido uma vez deputado estadual e duas vezes deputado federal, passando pelo importante ministério da Agricultura, Armando Monteiro Filho conseguiu, em seus quase setenta anos de vida pública, ser uma unanimidade em Pernambuco. Seu jeito generoso e atencioso com todos fizeram dele um quadro extremamente respeitado não só em Pernambuco como em todo o Brasil.
Apesar de ter deixado a política, foi sucedido pelo seu filho Armando Monteiro Neto, que não só foi deputado federal por três mandatos, como também ministro, desta vez do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Dilma Rousseff e o sonho de ser senador foi realizado pelo seu herdeiro, eleito em 2010 como o mais votado daquele pleito.
Falecido em janeiro de 2018, aos 92 anos, Armando Monteiro Filho deixou como legado a seriedade, o respeito e o amor por Pernambuco e pelo Brasil, cuja responsabilidade de manter a chama acesa de um grande homem público é de todos os seus herdeiros, em especial Armando Neto, que seguiu o caminho da política, e Eduardo de Queiroz Monteiro, que apesar de ter enveredado pelo caminho empresarial e nunca disputado mandatos, é também um grande construtor de pontes em Pernambuco.
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