Oriunda do serviço público, mais especificamente da Polícia Civil, a carioca Patrícia Domingos se notabilizou pelas operações de combate à corrupção que executou em alguns municípios de Pernambuco. Patrícia fez da Decasp uma espécie de “matadouro” de esquemas de corrupção nas prefeituras.
Essa postura da carioca de 37 anos amedrontou muita gente da política, e deu a dimensão a Patrícia de uma ativista do combate à corrupção. Posteriormente, houve a decisão de transformar a Decasp em um departamento de repressão ao crime organizado, Draco, cuja aprovação foi da maioria dos deputados estaduais.
Patricia então perdeu a “sua” delegacia e começou a adotar uma postura de possível ingressante na política. Não se sabe ainda se motivada em vingança pessoal ou em tentar mudar a política, a delegada confirmou sua filiação ao Podemos, depois de ser sondada por diversos partidos. A escolha pelo partido de Alvaro Dias se deu no sentido de que o partido representa, na sua ótica, uma mudança na forma de fazer política, mas a bem da verdade é que o Podemos nada mais é do que mais uma sigla que mudou de nome, antes era o nanico PTN, e agora virou um partido de pequeno pra médio com a chegada de alguns quadros na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Antes de escolher o rumo partidário, Patrícia flertou com o deputado federal Daniel Coelho, que a levou a tiracolo para Brasília para receber uma homenagem. Daniel sonhava em tê-la como sua vice, mas foi atropelado pelos fatos, que colocaram a bela delegada no rol dos prefeituráveis.
Desde sua filiação ao Podemos em fevereiro até o presente momento, a delegada não apresentou um projeto sólido para o Recife, se tornou uma pré-candidata monotemática que só fala em combate à corrupção. Sabemos que a corrupção é um câncer que precisa ser extirpado da política brasileira, mas ela não é o único problema de uma capital do tamanho do Recife. Portanto, arvorar um projeto majoritário somente no combate à corrupção não agrega muito valor a quem quer efetivamente se diferenciar dos seus adversários.
É pertinente lembrar que a delegada terá que dialogar com os vereadores que forem eleitos caso chegue à prefeitura do Recife. E como será esse diálogo? Uma vez que sabemos que a maioria dos nossos vereadores são oriundos de um sistema político que demanda abertura de espaços no executivo? Patrícia teria sérias dificuldades de governabilidade, a não ser que adotasse uma mudança de 180 graus no seu posicionamento antes de chegar ao cargo.
Será que a delegada, acostumada a prender bandidos, teria traquejo para lidar com as intempéries de uma gestão de uma capital? Essa é a pergunta que quase todos os políticos fazem quando se deparam com os posicionamentos adotados por Patrícia.
Preocupa também os políticos o fato de sua pré-candidatura estar, na ótica deles, colocada com o único objetivo de fazer um acerto de contas com seus algozes. A bela, que virou uma fera ferida, terá que mostrar muito mais do que combate à corrupção para convencer o eleitorado recifense a lhe dar a oportunidade de ser prefeita.
Pagador de impostos diz
Que texto pobre! Achei que iria encontrar uma matéria jornalística, mas só vi insinuações e uma clara tentativa de desclassificar uma pessoa. De cara, o blogue exibe um marcante banner do governo estadual, que certamente não está ali gratuitamente. Na sequencia, um texto raso que não acrescenta nada ao povo do Recife, apenas parece querer satisfazer ao patrocinador, que é inimigo da sujeita em destaque. Só mais um detalhe: o patrocínio é com dinheiro dos Pernambucanos, pois como disse a grande Margaret Thatcher, “Não existe dinheiro público, existe dinheiro dos pagadores de impostos”.