O ex-governador Eduardo Campos fez uma jogada em outubro do ano passado que parecia ser o passaporte para a sua ida ao segundo turno da disputa presidencial. Essa jogada foi a filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB.
Até pouco tempo antes de renunciar ao governo de Pernambuco era fomentada a tese de que Marina poderia ser a candidata do PSB por estar melhor posicionada nas pesquisas. Foi quando esta possibilidade foi dissipada no lançamento da candidatura dele a presidente e consolidada recentemente com o anúncio de Marina como vice.
Em vez de continuar incisivo, fazendo críticas ao PT e falando sobre temas espinhosos que rendiam manchetes na mídia, recentemente Eduardo reduziu seu poder de fogo. Ele com medo de melindrar Marina foi sistematicamente diminuindo as declarações fortes.
O resultado já teve reflexo na pesquisa do Datafolha. Eduardo cresceu pouco, apenas um ponto percentual no cenário com todos os postulantes. Mas viu Aécio aumentar a vantagem pra ele que era de seis pontos para nove.
Por mais que tenha realizado uma aliança estratégica com Aécio é óbvio que num determinado momento da campanha eles precisarão trocar farpas entre si para ver quem chega ao segundo turno.
Enquanto o socialista ficar sem se posicionar nos temas como se espera, ele irá “comer poeira” de Aécio Neves. Correndo o risco de inviabilizar uma boa chance de chegar a presidência da República já em 2014.
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