Vereador do Rio de Janeiro, depois deputado federal do baixo clero por 28 anos, sete mandatos consecutivos, Jair Bolsonaro conseguiu em 2018 o impensável em eleições anteriores, um deputado irrelevante de um partido nanico ascender a posição de chefe maior da nação.
Isso aconteceu, é importante salientar, por uma confluência de fatores, iniciando-se pelo mensalão, passando pela inércia do PSDB em fazer oposição ao PT, depois um governo de uma presidente sem a menor condição de ocupar o posto, tendo outro escândalo de corrupção que foi o petrolão, que deu início à operação Lava-Jato que culminaria na queda da presidente. Não obstante lembrar da crise econômica patrocinada por ela que até hoje o Brasil não se encontrou.
O deputado Jair conseguiu ocupar um vácuo de representatividade, dizendo coisas que não faziam muito sentido, mas ganhavam eco pelos erros dos políticos tradicionais, dentre eles Michel Temer, seu antecessor, e nomes como Aécio Neves, Geraldo Alckmin, etc. Na eleição propriamente dita, além da impossibilidade de Lula de ser candidato, porque se envolveu em escândalos assombrosos de corrupção, cresceu o sentimento de negação à política.
O deputado Jair, apesar de não ter preparo intelectual nem mental para ser presidente, conseguiu surfar numa onda que jamais poderia ser dele, pois ele não era exemplo de honestidade para ninguém, tampouco representante da nova política, pois praticou a velha política nua e crua ao patrocinar a entrada de três filhos, Flávio, Eduardo e Carlos em cargos eletivos. Como alguém tão atrasado poderia representar uma mudança na política? Coisas da política, coisas do destino!
E então cresceu a narrativa do “mito”, que como todos sabem, não existe. Um completo imbecil que caiu de pára-quedas na presidência da República amparado por uma facada que acelerou suas chances de vencer a disputa presidencial. Assim como 58 milhões de brasileiros, também votei em Jair Bolsonaro, ele não era a minha primeira opção, mas se tornou a menos danosa quando do outro lado havia a continuidade de uma cleptocracia do PT. Os brasileiros votaram naquele que poderia representar alguma mudança no sistema.
O ministério de Bolsonaro tornou-se coisa de cinema, jamais vimos tanta gente preparada e competente exercendo funções de destaque, apenas para citar Paulo Guedes, Marcos Pontes, Tarcisio Gomes de Freitas e o mais relevante deles, Sergio Moro, o juiz da Lava-Jato que tanto fez para acabar com a cleptocracia instalada no Brasil.
Tinha tudo para ser diferente, tinha tudo para dar certo, mas tínhamos um presidente afeito a crises, uma usina de crises que semanalmente eram criadas e comprometendo ganhos essenciais para o Brasil. Até a chegada do coronavírus, que levou ao chão qualquer perspectiva de retomada econômica. Além das mortes causada pelo vírus, tivemos a deterioração da economia. Em vez de termos um presidente capaz de unir o país em prol de um bem comum que era vencer o vírus, nos deparamos com um psicopata que tudo faz para sabotar o Brasil em prol de seus escusos interesses.
O pedido de demissão de Sergio Moro ocorrido nesta sexta-feira expôs a real face autoritária, corrupta e irresponsável do presidente da República. Ele forçou a demissão de seu principal ministro por querer salvar seus filhos das garras da justiça e principalmente por não aceitar que Moro seja maior do que ele, inveja de quem não tem a menor capacidade de estar onde chegou. Bolsonaro precisa ser detido urgentemente, ele não pode mais continuar na presidência da República. Assim como aconteceu com Collor e Dilma, precisamos do seu impeachment, para evitar que assim como o coronavírus, ele não seja ainda mais um Messias do Apocalipse.
Carinhoso diz
Seu cu.