A menos de 48 horas do fechamento da “Janela Partidária” (Prazo em que os vereadores que vão concorrer à reeleição ou a prefeito podem mudar de partido sem perder o mandato), a composição das chapas vai sinalizando a força dos grupos políticos e as chances reais de eleição de vereadores nas eleições 2020. Em Ouricuri, no Araripe, a configuração das alianças sugere uma certeza: a oposição deve levar a melhor e o grupo capitaneado pelo atual prefeito, Ricardo Ramos (PSDB), já está sendo chamado de “Chapa da Morte”.
Os números não mentem e a matemática eleitoral se apresenta, de fato, desfavorável para os aliados de Ricardo Ramos. A chapa do prefeito, com cerca de 39 (trinta e nove) candidatos, vai se dividir em 3 (três) siglas. Uma é o PSDB, partido do atual gestor de Ouricuri. E as outras serão formadas no DEM do vereador Cicero de Euclides em conjunto com outro partido o PRTB (do Secretário de Finanças, Jocélio Amorim).
Em qualquer hipótese, a previsão é de que no grupo de Ricardo Ramos sejam eleitos apenas 2(dois)vereadores em cada partido, chegando ao máximo de 6 (seis) ou 7 (sete) vereadores eleitos em 4 de outubro. Os que apontam as chapas proporcionais do prefeito como a “Chapa da Morte” alegam as dificuldades de ir às urnas num grupo com 12 vereadores de mandato. Além disso, o ponto de corte para os candidatos do palanque da situação seria de 900 (novecentos) votos para conseguir uma vaga, que é considerado muito alto.
O grupo do deputado Antonio Fernando (PSC) e do pré-candidato Lenarte Coelho (Botinha), deve sair muito fortalecido. O Solidariedade (de Botinha), com 23 candidatos, deve fazer 4 (quatro) vereadores. O PSB, do ex-prefeito César de Preto (com 20 candidatos), deve fazer 3 (três) vereadores. E o PT, do vereador Everaldo Valério (com 21 candidatos), pode fazer 2 (dois) vereadores. Cenário, portanto, bastante favorável para a oposição, podendo ocupar 9 (nove) vagas na Câmara Municipal.
O MDB, que hoje se encontra com 6 (seis) candidatos (entre eles, Juarez Saraiva, Edvaldo Torres, Antônio Holanda, Carlos Holanda e Elias da Capela) não terá condições de fazer nenhum vereador. E o PSol, com 9 (nove) candidatos, tem o mesmo problema. Isso porque o coeficiente eleitoral de Ouricuri é de cerca 2.500 votos, mas para fazer 1 (um) vereador (e ficar com uma boa média) tem que somar 2.300 votos, para alcançar próximo ao coeficiente.
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