O Datafolha divulgou mais uma rodada de pesquisas sondando as intenções de voto para presidente da República.
No cenário mais plausível que coloca Dilma Rousseff como candidata pelo PT, Aécio Neves pelo PSDB e Eduardo Campos pelo PSB, eles teriam 47%, 17% e 12% das intenções de voto, respectivamente.
Considerando os votos válidos, quando são retirados os brancos, nulos e indecisos, Dilma Rousseff teria 62%, Aécio Neves 22% e Eduardo Campos 16%. A presidente seria reeleita no primeiro turno se as eleições fossem hoje.
A sondagem mostrou que Dilma segue estagnada, Aécio Neves oscilou dois pontos negativamente e Eduardo Campos oscilou um ponto positivamente em relação ao levantamento anterior. O que nos leva a crer que mesmo dentro da margem de erro o candidato do PSB é o único a conseguir alcançar novos adeptos.
Em números reais, Eduardo Campos teria 16 milhões de votos, contra 22 milhões de Aécio Neves e 62 milhões de Dilma Rousseff. Porém, precisamos entender o contexto das eleições desde a redemocratização.
De lá pra cá foram seis disputas, com quatro delas indo para o segundo turno e apenas duas sendo liquidadas no primeiro que foram as vitórias de Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998.
Então como Dilma é única com exposição diária na televisão é natural que o eleitor que está distante da eleição vislumbre ela como a melhor candidata e com chances de ganhar a eleição.
Vale ressaltar que ainda faltam oito meses para o primeiro turno. No caso específico de Eduardo Campos ele teria hoje praticamente o que Marina Silva alcançou no primeiro turno de 2010. Como é o maior desconhecido dos três, as chances de crescer são grandes. Além disso, o anúncio de Marina Silva como candidata a vice-presidente na chapa do PSB pode incrementar uma quantidade substancial de intenções de voto ao governador de Pernambuco a ponto de ultrapassar Aécio Neves.
Essa conta está clara. Faltando esse tempo todo pra eleição inexoravelmente Eduardo Campos ultrapassará Aécio Neves que até agora não conseguiu mostrar a que veio nessa disputa. Por ser o representante do maior partido de oposição do Brasil, o PSDB, e por ter sido governador de um estado importante economicamente, politicamente e eleitoralmente, era pra ele estar melhor posicionado nas pesquisas.
Vamos aguardar as próximas sondagens para proferir opiniões mais aprofundadas.
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