Muita gente tem levantado a bandeira de que o vice-governador João Lyra Neto poderia trair o candidato a governador Paulo Câmara ao estar com a caneta na mão.
Só quem fala esse tipo de coisa é quem não conhece a correção do vice-governador. Além de ter laços estreitos com Eduardo Campos que não são de oito anos pra cá, João em nada ganharia criando obstáculos ao projeto do PSB.
Vejam porquê: Ele estará com o objetivo de reeleger Raquel Lyra com boa votação para a Assembleia Legislativa de Pernambuco para cacifá-la a uma postulação a prefeitura de Caruaru em 2016. Se criar arestas pode prejudicar esse projeto.
Em 2010 um fato muito importante pode justificar essa tese. Com ampla aprovação, cuja candidatura a reeleição era pule de dez, o governador Eduardo Campos foi fustigado por aliados a trocar o candidato a vice-governador.
Porém, em vez de materializar esse desejo de aliados, preferiu prestigiar João Lyra Neto a mais um mandato de vice-governador. Que ele poderia nem estar em condições agora de ser governador de Pernambuco ainda que por nove meses.
Em que João Lyra Neto ganharia rompendo com Eduardo? Absolutamente nada. Ele pode estar chateado por não ter sido escutado na escolha, mas Eduardo não escutou ninguém. Ele não tratou com os aliados sobre nomes, apenas sobre ideias.
Então João não poderia ser diferente, até para não melindrar os demais postulantes ao cargo. A aposta de quem cravou Paulo Câmara é a de que João Lyra Neto não criará obstáculos ao projeto do PSB.
Terá sido governador de Pernambuco por nove meses. Cargo que muitos almejam ser mas poucos alcançarão.
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