Até novembro acreditava que Fernando Bezerra Coelho seria mesmo o nome do PSB ao governo de Pernambuco. Foi quando tive uma conversa com o governador Eduardo Campos perguntando qual seria o perfil do candidato escolhido. Foi quando ele disse: eu quero aquele que envelheça o discurso de Armando Monteiro.
Conversei com um auxiliar do governador que me disse que o ideal seria o melhor governador sem necessariamente ser o melhor candidato. Além disso a outra prerrogativa seria que o nome configurasse um terceiro governo Eduardo Campos.
A partir daquele momento descartei a hipótese FBC. Pois ele não se encaixava nessas três prerrogativas. Mesmo assim precisaria estar na majoritária diante do peso político que ele possui.
Comecei a pensar em Paulo Câmara. Porque ele já havia sido ventilado pra disputar a prefeitura do Recife em 2012 e também conhecia como poucos os pontos-chave da gestão. Foi secretário de administração, de turismo e da fazenda nos mais de sete anos de Eduardo Campos.
Outros nomes surgiram pela imprensa como Tadeu Alencar, Mauricio Rands e Danilo Cabral. Sempre bati na tecla que apenas Alencar preenchia esses requisitos junto com Câmara, os demais não.
Mas as informações correm como pólvora, fazendo com que eu publicasse aqui no blog a escolha de Danilo Cabral. Como de fato havia sido escolhido.
Mas não havia na conta uma rebelião na Alepe que ocorreu pouco tempo depois do anúncio do secretário das Cidades como o escolhido.
Diante das dificuldades, Paulo Câmara voltou com toda força. Inviabilizando qualquer veto por parte dos principais envolvidos.
Ontem a noite Jarbas reuniu a bancada federal em seu apartamento, Eduardo se reuniu com a cúpula do PSB e com alguns envolvidos para dar ciência da sua escolha.
Fernando Bezerra Coelho estava irredutível para não disputar o Senado. Porém, ele não poderia por birra abdicar de oito anos na Câmara Alta. Ser senador não é o mesmo que governador mas dá uma visibilidade muito grande. Com um mandato inteligente dá pra ficar em evidência.
A chapa está montada. Terá Paulo Câmara disputando o governo, Raul Henry vice-governador e Fernando Bezerra senador.
A chapa agrega leveza política com experiência. FBC entendeu que não era hora de pendurar as chuteiras e muito menos de romper com a Frente. Além disso leva o sertão para uma chapa essencialmente metropolitana.
A chapa do PSB foi a melhor possível. Deve contar com uma frente maior do que a que elegeu Geraldo Júlio no Recife.
Resta saber como se comportarão o vice-governador João Lyra Neto, preterido, o PP de Eduardo da Fonte que também foi preterido da majoritária e o outro lado representado por Armando Monteiro e o PT.
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