Desde quando surgiu a notícia de que Maurício Rands seria alçado a condição de candidato das prévias a prefeito do Recife que a sucessão municipal deu uma embaralhada total.
Gosto de analisar o governador Eduardo Campos porque o acho a figura política mais enigmática de Pernambuco, quiça do Brasil no momento político atual.
Uma figura muito difícil de decifrá-la, mas as vezes a gente tenta pra saber onde vai dar.
Se observarmos a entrada de Maurício Rands nas prévias com mais atenção, recapitularemos que o prefeito João da Costa não fez nenhuma objeção, sequer saiu atirando. O grupo independente de Armando Monteiro deu uma esfriada daquelas e perdeu o timing da sucessão.
Posteriormente, em vez de ficar fazendo a campanha das prévias aqui no Recife, Maurício Rands decidiu viajar com o governador. Algo bem estranho para quem se coloca como pré-candidato a prefeito da capital.
Será que tudo isso não passou de jogo de cena do governador? Que a candidatura Rands nunca existiu de verdade, e que aos 45 do segundo tempo ele anunciará a retirada e apoiará o prefeito João da Costa? Ou será que ele será candidato até as últimas consequências para o prefeito vencer e sair fortalecido das prévias?
O fato é que era muito estranho o PT e a Frente Popular defenestrarem João da Costa da prefeitura do Recife, sabendo-se que ele tinha total legitimidade para disputar a reeleição.
São perguntas ainda sem respostas…
Situações momentaneamente indecifráveis, mas uma coisa não dá pra discordar: o governador não é menino, é político profissional, e com ou sem João da Costa, vai querer um prefeito do Recife parceiro e que não seja problemático nem tenha projetos conflitantes com os dele.
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