Fiel escudeiro do governador Eduardo Campos, o secretário Milton Coelho tem a prerrogativa de reproduzir o pensamento do líder socialista quando se coloca de público. Sua entrevista ao Jornal do Commercio levantou essa hipótese, porém nas entrelinhas existe um vácuo entre as práticas do governador e o que prega o secretário.
Num recado claro ao ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, Milton disse que não há condições de colocar o carro a frente dos bois, e era o que na visão do secretário o ex-ministro estava fazendo. Mas com a perspectiva de disputar o governo, FBC largou a maior vitrine que poderia ter que era a Integração Nacional para virar soldado do projeto presidencial do governador.
Hoje Fernando cumpre agenda de pré-candidato. Mas está mais do que certo. Quem não é visto não é lembrado. Político sem mandato ou sem cargo se não souber se articular cai no esquecimento. Por certo houve alguma compensação para FBC desistir da Integração Nacional para ficar na planície local. E isso sem sombra de dúvidas terá que ser levado em conta pelo líder socialista.
Além dos fatos supracitados existe o posicionamento do ex-ministro nas pesquisas, que é o melhor candidato do PSB posicionado, mesmo estando desde 2004 sem disputar eleição. Os dois dígitos alcançados por FBC são fruto do seu trabalho como prefeito de Petrolina, secretário de Desenvolvimento Econômico e por fim ministro da Integração Nacional.
Se em política existe fila, FBC é o primeiro do PSB por tudo o que ele representa na política. No caso de Milton Coelho, suas declarações soaram como nítida dor de cotovelo e colocam em xeque a propalada unidade do PSB.
Deixe um comentário