Em seu primeiro discurso após o recesso parlamentar do mês de julho, o líder da oposição na Assembleia Legislativa, Daniel Coelho, questionou o governo do Estado a respeito do excesso de cargos comissionados da gestão estadual. Na ocasião do discurso, no dia 1º de agosto, Daniel apresentou números do IBGE demonstrando que o Pernambuco possuía 3.390 pessoas ocupando esse tipo de função, número superior à soma dos Estados do Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará. Na ocasião, governistas vieram a público para defender a política de comissionados do governo estadual. Na semana passada, porém, o mesmo governo anunciou um corte de 969 cargos de confiança.
Nesta segunda-feira, Daniel Coelho voltou à tribuna para questionar o fato da pauta ter nascido de uma cobrança da oposição e pediu mais “humildade” aos governistas. “Há dois meses falamos de como Pernambuco estava na contramão das gestões mais modernas do País. A fila de governistas foi extensa para dizer que não havia sentido no que a oposição pedia. O que são dois meses? Fico feliz quando o governo atende uma pauta da oposição, copiando governos do PSDB, como o de São Paulo e Minas Gerais. O que o governo não tem é humildade em reconhecer que era correto o que a oposição pedia. Mas antes tarde do que nunca”, destacou o líder da oposição.
A deputada Terezinha Nunes, em aparte, falou sobre os dois motivos que devem ter levado o governo a tomar a decisão de promover esse corte de comissionados. “Isso tem a ver com a agenda eleitoral e também com a possibilidade de o Estado começar a se preocupar com a situação financeira, que é bastante difícil”.
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