O líder da oposição na Assembleia Legislativa, Daniel Coelho, fez um discurso nesta quarta-feira em defesa dos servidores da Universidade de Pernambuco, que lotaram as galerias da Casa. Os funcionários do Estado se queixam do fato de suas carreiras não terem o reconhecimento devido, nem os benefícios que a titulação deveria promover. Além disso, pedem que candidatos que realizaram o último concurso da instituição sejam chamados para as cerca de 500 vagas que abriram para funcionários temporários.
“Se há necessidade de mais servidores, porque não a convocação dos que foram classificados no último concurso realizado e estão aptos? Através do concurso, o servidor vai poder construir uma carreira, esta é a melhor forma para valorizar a profissão”, destacou Daniel Coelho.
Em 2012 foi realizado um concurso para 157 vagas e os aprovados foram concursados. No entanto, logo após, o governo publicou dois decretos autorizando a contratação de 500 temporários para vagas que estavam prescritas no concurso. Daí a solicitação dos servidores para que sejam aproveitados os classificados não aprovados do certame.
Os servidores também se queixam do fato de a última Progressão por Tempo de Serviço da UPE ter acontecido em 2007. Segundo eles, isso significa que existem servidores com mais de 35 anos de carreira, que recebem como se tivessem 20 anos, e assim por diante.
“O congelamento da carreira de um trabalhador é algo desestimulante. Qual o estímulo de um servidor que sabe que, daqui a 20 anos, ele vai estar no mesmo lugar que agora? É preciso também que o profissional que tenha mestrado ou doutorado tenha o reconhecimento devido, como acontece com as instituições de ensino”, frisou o líder da oposição.
Ao longo do discurso, Daniel foi aparteado por parlamentares tanto de oposição – como Betinho Gomes, Maviael Cavalcanti e Severino Ramos – como de governo – Rodrigo Novaes, Silvio Costa Filho, Isabel Cristina. Todos, sem exceção, se comprometeram a encampar a luta em defesa dos servidores da UPE.
Deixe um comentário