Parlamentares de quatro Estados nordestinos estão unindo forças para a conclusão da maior obra hídrica da história brasileira. Por indicação do deputado estadual Antonio Fernando (PSC), será lançada na próxima segunda-feira (12.08), na Assembleia Legislativa, a Frente Parlamentar Interestadual em Defesa da Transposição do Rio São Francisco. Além de Antonio Fernando (PSC-PE), a frente será integrada pelos deputados Joevá Campos (PSB-PB), Guilherme Landim (PDT-CE), e Francisco do PT (PT-RN). A ideia é direcionar ações conjuntas da região para impulsionar a conclusão final da obra e colocar a Transposição em pleno funcionamento.
Em razão da relevância do tema, o lançamento da Frente Parlamentar Interestadual em Defesa da Transposição do Rio São Francisco terá tratamento especial em Pernambuco. “Conversamos com o presidente da Assembleia, deputado Eriberto Medeiros (PP), ele concordou com a participação dos parlamentares dos outros Estados na sessão ordinária da ALEPE na segunda-feira, dia do lançamento da Frente. Faremos um pronunciamento geral, e os deputados da Paraíba, Ceará, e Rio Grande do Norte farão apartes, para esclarecer questões específicas de seus estados”, explicou o deputado Antonio Fernando.
A magnitude da Transposição é, de fato, inegável. O Projeto de Integração do Rio São Francisco – PISF (denominação oficial da Transposição), envolve um custo total orçado na ordem de R$ 20 bilhões. Depois de concluída, a estimativa é de que a obra chegue a beneficiar mais de 12 milhões de pessoas, nos Estados nordestinos de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, justamente os quatro Estados com integrantes na Frente Parlamentar interestadual.
A obra da Transposição – que está quase concluída – é dividida em dois grandes eixos: o Eixo Leste, que capta a água do São Francisco, atende os municípios do Agreste pernambucano e segue até a região de Campina Grande, na Paraíba. E o Eixo Norte, que passa por Salgueiro, em Pernambuco, corta o Rio Grande do Norte e chega até o reservatório de Jati, no Ceará. O Eixo Leste já está com 97,6% das obras concluídas. E o Eixo Norte alcançou o percentual de 97% de execução da obra.
De acordo com o deputado Antonio Fernando, no atual estágio, o problema não se limita à conclusão da obra. “Claro que defendemos, acima de tudo, o término da Transposição. Mas há várias outras questões ambientais, econômicas e sociais, como, por exemplo, os riscos de uma possível privatização e o alto custo da energia elétrica para o bombeamento da água, captada no Rio São Francisco para alimentar os canais, que precisam ser discutidas, sob o risco de desvirtuar o projeto”, afirma o deputado.
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