O Presidente da Fundação Joaquim Nabuco Antônio Campos recebeu no Conselho Diretor da casa o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e o Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, e representantes do setor para debater parcerias envolvendo o segmento açucareiro e a Fundaj. A reunião aconteceu nesta quarta-feira (17) e foi seguida de uma visita à exposição Assucar, que homenageia os 80 anos da obra do fundador da casa Gilberto Freyre. Estiveram presentes os empresários Armando Pontes, Eduardo Monteiro, Renato Cunha, Luiz Antônio de Andrade Bezerra e Gerson Carneiro Leão.
“Estamos abrindo o diálogo com os setores produtivos do Nordeste e do Brasil e começamos pelo primórdio: açúcar, que tem uma importância muito grande nesse cenário econômico, internacional, histórico e contemporâneo em Pernambuco”, abriu Antônio Campos em seu discurso. Ele defende que a Fundaj pode contribuir em diversas áreas para o desenvolvimento do setor sucroenergético, seja na publicação de importantes obras científicas, na produção cultural, cinematográfica, museológica, de educação, formação, qualificação e memória.
O presidente retomou a profunda ligação histórica do setor açucareiro com a Fundaj e o patrono Gilberto Freyre. “Gilberto disse em Assucar, que este ano faz 80 anos, que ‘sem o açúcar, não se compreende o homem do Nordeste’. É missão desta casa fazer isso e é com alegria que eu vejo a visita do Sindaçúcar e de expressões importantes para o setor sucroalcooleiro.” Ele afirma que a parceria é de valiosa contribuição para o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), com foco na internacionalização e no diálogo internacional.
O presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha enalteceu as contribuições que o setor tem a receber com a parceria, sobretudo, no aprimoramento das pesquisas e políticas públicas em favor da competitividade da região Nordeste. “Está na pauta a inovação, o aproveitamento dos recursos hídricos e as pautas de irrigação, que faz com que os canaviais tenham mais longevidade.” De acordo com ele, o setor está em local para fazer uma ressonância onde poderão tentar mais criar parcerias juntos e com o apoio da Fundação.
“A gente inicia uma aproximação mais contínua com a Fundaj, sempre focados no que falava Gilberto Freyre: que o tempo é tríbio, formado de passado, presente e futuro.
Nosso presente aqui remete ao passado da história de Pernambuco e se conseguirá a 4 mãos tentar evoluções para que possamos edificar num setor que hoje privilegia a base primária da cana, que é a agroenergia.”
Na área de cultura, a Fundação Joaquim Nabuco pode abrir as portas para edições de livros por meio da Editora Massangana. Já a Coordenação-Geral de Estudos da História Brasileira Rodrigo Melo Franco de Andrade (Cehibra), pode atuar no restauro de acervo bibliográfico e/ou artístico que preservam a memória do setor e, a Massagana Multímidia, atuar na produção de documentários. As três estão sob a coordenação da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca).
Por sua vez, a Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), tem a disponibilidade de realizar avaliações de impacto das políticas públicas voltadas para o setor sucroalcooleiro, como equalização, subvenção à cana e venda direta, além de estudos referentes à questão social. Na área de educação, a Diretoria de Formação (Difor), poderá contribuir com cursos para qualificação dos que trabalham no setor, nas áreas de gestão e economia.
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