A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara do Recife promoveu, nesta segunda-feira (03), uma reunião para debater sobre a política pública voltada para pessoas em situação de rua no município. De acordo com dados da Secretaria municipal de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, o Recife tem hoje cerca de 1200 pessoas nessa situação. Na discussão foi levantado a questão dos restaurantes populares e abrigos noturnos, principalmente no período de chuva. Na ocasião, foi criada uma subcomissão formada por vereadores e representantes da sociedade civil para tratar do assunto.
Presidente da Comissão de Direitos Humanos, a vereadora Missionária Michele Collins (PP) disse ser preciso aumentar a quantidade de vagas de atendimento para o atendimento diurno à população de rua e criar um sistema de abrigo noturno no Recife. “Vamos visitar um local que a Prefeitura tem, mas que serve apenas para emergências. Isso é uma emergência também: é período de chuvas e infelizmente não existe hoje um lugar para essas pessoas dormirem. Sabemos que existem poucos recursos no nosso País, mas vamos fazer o que puder ser feito. E, depois, continuar nessa luta pela moradia dessas pessoas”, ponderou.
Segundo a parlamentar, a subcomissão criada nesta segunda-feira vai monitorar as políticas públicas voltadas para o setor. Além dela, participou do encontro o vereador Ivan Moraes (PSOL). “Criamos uma subcomissão com a Pastoral do Povo de Rua, da Igreja Católica, com o Movimento Nacional de População em Situação de Rua, e com o Conselho de Direitos Humanos. Dentro dela vamos trabalhar cotidianamente até ver resultado efetivo na vida das pessoas” explicou Michele.
A secretária municipal de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, Ana Rita Suassuna, explicou os mecanismos de atuação da pasta, que conta com dois centros de Referência Especializados Para População em Situação de Rua (Centro POP) e 11 casas de acolhimento. “A nossa intenção é sempre avançar. Já temos serviços que acolhem a população de rua, como o Centro POP, as casas de acolhida, os serviços especializados de abordagem social, que estão na rua todos os dias ouvindo e escutando. Temos um cadastro e nossa equipe conhece pelo nome essa população. O que entendemos ser importante é a saída das ruas, mas esse é um processo de construção. Não somos polícia, mas proteção”, disse.
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