A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) firmou parceria para instalação de equipamentos que alertam, com antecedência de até 12 horas, para a possibilidade de deslizamento de barreiras. As Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) serão implantadas em seis áreas consideradas de maior risco previamente mapeadas pela Defesa Civil do município, abrangendo as localidades de Engenho Velho, Sucupira, Cavaleiro, Curado II e Manassu.
A prevenção aos deslizamentos de terra é realizada por meio de pluviômetros, que medem a quantidade de chuva, e sensores de umidade, que calculam a quantidade de água no solo. Geólogo do Cemaden, Daniel Metodiev explicou que o sistema é instalado em tubos que ficam a três metros de profundidade e fazem uma avaliação em um raio de, no mínimo, um quilômetro.
Nesta terça-feira (21), o grupo formado por agentes da Defesa Civil e técnicos da UFPE e Cemaden esteve reunido, no bairro de Piedade, para detalhar como será feita a instalação dos PCDs e o trabalho de monitoramento. Superintendente de Defesa Civil do Jaboatão dos Guararapes, Artur Paiva explicou que o tempo de alerta, de até 12 horas, é importante para que as equipes possam se deslocar ao local da ocorrência e avaliar a necessidade de possíveis intervenções.
“A parceria com o Cemaden e a UFPE é extremamente importante porque nos fornece informações estratégicas antecipadamente sobre os riscos e desastres que podem vir a acontecer. O projeto dos PCDs nos informa que o solo está no ponto de saturação de água e que há possibilidade de movimentos de massa. Assim, nós, da Defesa Civil, poderemos antecipar a prevenção, e, consequentemente, informar à população, com até 12 horas de antecipação, sobre um possível desastre. Esse é o ponto principal do projeto “, afirmou Paiva.
A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes realiza constantemente ações preventivas nos locais identificados como áreas de risco. Entre as medidas adotadas, estão a construção de muros de arrimo, limpeza de canaletas, canais e galerias. Além disso, moradores recebem orientações quanto ao plantio de espécies que possam prejudicar encostas, a exemplo de bananeiras, assim como evitar a retirada de barro, prática que pode causar erosão.
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