Caro Edmar,
Em relação ao texto “Governistas apontam repetição do oportunismo na saída de Wanderson” gostaria de esclarecer que o início da nossa relação com o PSB começou no final de 2013, quando o PT se afastou do Governo Eduardo Campos. Na época, o PSDB, o partido ao qual eu era filiado, fez um apoio formal ao PSB, e em 2014 assumi a Diretoria de Atendimento do Detran-PE. Enquanto o PT esteve longe, nós estivemos com o governo, o que não acontece neste momento novamente. Com o retorno dele, optei por seguir o caminho que considero melhor.
No dicionário uma das definições da palavra coragem é a “capacidade de enfrentar algo moralmente árduo” e essa é justamente a minha ação da saída da base do governo. Se não me falha a memória poucas pessoas que tiveram a hombridade de realizar essa mudança e foram justamente os que deixaram na política a marca de destaque, por não se dobrar a alianças medonhas.
Sobre 2020, minha sugestão é que se preocupem mais com 2019. As necessidades da população estão expostas diariamente nos veículos de informação, os problemas são noticiados exaustivamente sem que haja soluções para as questões coletivas que tanto incomodam a nossa sociedade.
O que o aliado do governo chama de “crise de identidade” só ressalta a falta de atenção que todos os deputados sentem diariamente na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco. Não há diálogo com os parlamentares, mostra que falta gestão no Palácio do Campo das Princesas peca nas suas ações. Recentemente eles sentiram o descontentamento da Alepe, quando 30 deputados, em um momento que a bancada da oposição tinha 12 parlamentares, dois deles ausentes no dia, aprovaram a PEC dos Orçamentos em primeira votação. Foi um claro sinal de insatisfação
O que me deixa com a consciência tranquila é ter a certeza de estar reverberando o sentimento das pessoas que encontro na rua. Sempre tratei com clareza os meus posicionamentos, pontuando as insatisfações.
É de se estranhar que o governo se utilize de um aliado oculto para falar sobre a saída de um parlamentar da sua bancada, difícil conseguir alguém que fale com transparência, haja vista, o que expressamos é o sentimento latente dos colegas parlamentares que em uma só voz vem me congratulando pela decisão.
Não tenho dúvidas que mais deputados da base governista devem integrar a oposição nos próximos dias. Ainda que existam ameaças de retaliações e perseguições, o desejo de fazer algo bom pelo nosso estado se sobressairá.
Wanderson Florêncio
Deputado Estadual
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