Denúncia da Crusoé joga luz nas entranhas do judiciário
A revista Crusoé, do site O Antagonista, trouxe uma denúncia muito séria envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, dando conta que o ministro estaria atuando a favor da Odebrecht na época em que era Advogado Geral da União. A matéria foi censurada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Apesar da censura, nada apaga o fato de membros do poder judiciário terem envolvimento com tráfico de influência na mais alta côrte do país. O poder judiciário possui uma blindagem diferente do executivo e do legislativo, que sempre estão mais vulneráveis a denúncias, críticas e investigações.
É imprescindível que a denúncia da Revista Crusoé seja apurada a fundo, pois Dias Toffoli, e qualquer outro integrante do Supremo Tribunal Federal, não está acima da justiça nem do bem e do mal, tendo que responder pelos seus atos com o mesmo rigor que aplicam a lei para os demais integrantes da nossa república.
Realizar a investigação devida sobre eventuais práticas delituosas do ministro Dias Toffoli é o mínimo que se espera por parte das instituições. O Brasil não aceita mais que o judiciário siga incólume de investigações e eventuais punições. É preciso abrir a caixa-preta daquele poder tal como diariamente fazem com o executivo e o legislativo.
Liberdade de imprensa – A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de mandar retirar do ar uma matéria da revista Crusoé, sobre o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, foi vista no meio jurídico como um ataque à liberdade de imprensa.
Júlio Marcelo – “Se uma matéria for falsa, inadequada ou leviana, os fatos falarão por si e os responsáveis pagarão por isso. Será que o Presidente Toffoli e o Ministro Moraes não acreditam na Justiça? Censurar é abominável”, disse o procurador do Ministério Público de Contas junto ao TCU, Júlio Marcelo, em sua rede social.
Thaméa Danelon – Procuradora da Lava Jato em São Paulo, Thaméa Danelon disse que “a decisão viola um dos princípios basilares de nossa democracia que é a Liberdade de Imprensa”. Até o vice-presidente da República, general Mourão (PRTB), sempre reconhecido por sua ponderação, declarou ao “O Antagonista” que a decisão era “censura”.
Joãozinho Tenório – Pesquisa realizada no início do mês pela Plural apontou o prefeito de São Joaquim do Monte, Joãozinho Tenório (PSDB) com uma aprovação de 73%. Além disso, ele é o líder político mais admirado da cidade. Os dados apontam o tucano com larga margem para emplacar o seu sucessor em 2020.
RÁPIDAS
Camaragibe – O instituto Plural fez um levantamento recente em Camaragibe e apontou 72% de indecisos na espontânea na cidade. Diante do exposto, há um vácuo para lideranças políticas novas na disputa pela prefeitura em 2020, uma vez que os nomes tradicionais praticamente não pontuam.
Cuidado – É preciso ter cuidado na hora de apontar culpados e destruir reputações. A empresa Valor Suprimentos teve um contrato suspenso com a prefeitura de Camaragibe por supostamente ser uma empresa fictícia pelo TCE, porém a mesma empresa já forneceu produtos ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco em novembro de 2018.
Inocente quer saber – O Supremo Tribunal Federal quer aplicar a Lei da Mordaça no Brasil?
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