Por Dany Amorim
Em um momento de turbulência interna com uma política de divisão e muita polarização, Jair Bolsonaro foi empossado presidente do Brasil, no primeiro dia de 2019, depois de ter sido eleito no segundo turno com 55,21% dos votos válidos.
No primeiro turno, Bolsonaro, a depender dos brasileiros nos Estados Unidos, já seria eleito direto para o Planalto, com quase 70% dos votos. Ja no segundo turno, oito em cada dez brasileiros que votaram nos EUA o escolheram, dando a ele 42.937 votos, ou seja, 81,7% dos 52.554 votos válidos registrados em 28 de outubro de 2018. Em Miami, foi quase unanimidade: recebeu 10.441 dos 11.469 votos válidos, ou seja, 91,04%. Bolsonaro também liderou com folga, com mais de 60% dos votos, nas outras nove cidades americanas onde os brasileiros puderam votar: Atlanta, Boston, Chicago, Hartford, Houston, Los Angeles, Nova York, San Francisco e Washington.
Diante dessas informações, tornou-se muito comum escutar afirmações como estas entre os brasileiros que residem aqui nos Estados Unidos: “O Brasil precisa de ordem”, “Por causa da corrupção, um grupo não pode ficar muito tempo no poder”, “Ele não é o salvador, mas a mudança é bem- vinda”, “Precisamos ter a esperança de poder voltar para um Brasil seguro, menos corrupto e mais justo”.
Uma pesquisa feita pela Ideia Big Data com brasileiros que residem nas cidades de Boston, Framingham, Somerville e Cambridge — área de Massachusetts que abriga cerca de 400 mil imigrantes do Brasil, indicou que o nosso atual Presidente da República é visto como um político positivo por 61% dos entrevistados, enquanto 29% não o aprovam e 10% são neutros. A margem de erro é de 2,85 pontos percentuais. Já em conversas informais que estou tendo a oportunidade de ter com eleitores brasileiros que residem Massachusetts, uma grande parte, associou a esperança de Bolsonaro colocar mais ordem no Brasil ao fato dele ter em sua equipe ministerial o ex- juiz Federal, Sérgio Moro. Estou observando também durante a minha estadia em Boston que o trabalho da Lava Jato é muito respeitado e credenciado positivamente nesta região da América do Norte.
Com o slogan “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, e com a promessa que reiterou dias antes do pleito final da campanha eleitoral: dar um “ippon” – o “nocaute” do judô -, “na corrupção e na violência”, temos que com uma fé não cega, ficar cada vez mais atentos e cobrar responsavelmente. Mesmo com um quadro de descrédito, mas é nítido, nem que seja ainda muito longe do ideal, a evolução crítica do eleitorado, que não está aceitando de goela a baixo tudo o que é vendido na política. E isso já é um avanço na conquista de um futuro mais promissor e igualitário. Por isso, é preciso fortalecer a conscientização política como mecanismo de combate a falta de transparência e a sua influência para a consolidação democrática de uma nação. É isso!
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