Líder do PSB na Câmara, o deputado Tadeu Alencar (PE) ocupou a Tribuna da Casa, nesta terça-feira (4), para falar do papel que cabe ao PSB no cenário político atual, como defensor histórico de direitos sociais, do patrimônio público, da soberania nacional e da liberdade de expressão. O socialista elencou debates urgentes que precisam ser colocados em pauta sobre a reforma do Estado e seu perfil caro, perdulário, patrimonialista, burocrático e ineficaz.
“O papel de mera contestação é claramente insuficiente. O momento é desafiador e exige de nós responsabilidade”, alertou Tadeu. Para ele é inegável o dever do PSB de apresentar propostas acerca dos temas que impactam diretamente a vida da população. “Essa atitude da oposição, de ter consciência do seu verdadeiro papel, é virtuosa, pois, sendo madura e responsável, chamará também à responsabilidade todos os demais.”
O líder socialista falou do inadiável debate que precisa ser feito sobre a previdência, os privilégios seculares, sobre como operar mudanças que favoreçam a retomada do crescimento econômico e a empregabilidade. Há ainda, segundo ele, uma discussão inescapável sobre o federalismo. “É constrangedor esse federalismo de pires na mão, que reescreve, com tintas muito vivas, a obra de Vicente Nunes Leal, ‘Coronelismo, Enxada e Voto’.”
Crises e reivindicações
Tadeu Alencar falou ainda, em seu discurso, dos sucessivos acontecimentos, desde as eleições de 2014, que colocaram a política nacional em completo descrédito com a sociedade e que contribuíram para aumentar ainda mais a crise econômica instalada.
Para ele, naquela ocasião, ao invés da promoção a respeito das discussões de quais desafios precisavam ser vencidos para retirar o Brasil da crise instalada, optou-se pela formulação precária e rasa do debate político, social e econômico. “Nesse meio tempo, a classe política foi experimentando a hostilidade popular, enquanto os setores conservadores buscavam aprovar pautas nem sempre conectadas com as necessidade do País.”
Nesse processo, lembrou o deputado, a população vivenciou o impeachment da presidente da República, em 2016, além da cassação e subsequente prisão do presidente da Câmara, em 2017, com o desenrolar da operação Lava Jato que revelou um complexo esquema de roubos aos cofres públicos.
“Temos uma dívida enorme, quase impagável, com o Brasil e com o seu povo. Diante do cenário que se apresenta, não podemos nos recusar ao debate nem nos limitarmos ao conforto das negativas fáceis. O Brasil é maior do que os seus governos”, enfatizou Tadeu Alencar.
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