Citando o Relatório de Segurança de Barragens apresentado pela Agência Nacional de Águas (ANA) no início da semana, o deputado Tony Gel (MDB) foi à tribuna expressar preocupação com a situação da Barragem de Jucazinho, no Agreste.
O documento, que aponta os 45 reservatórios considerados mais vulneráveis a partir de estudos técnicos realizados em 2017, indica “comprometimento estrutural importante” no equipamento pernambucano.
O parlamentar ressaltou a necessidade, que consta no estudo, de reparos nos vertedouros laterais, nas ombreiras e na bacia de dissipação da barragem, ao custo estimado de R$ 40 milhões. “Essa apreensão deve ser de todos os pernambucanos, para que se evitem surpresas desagradáveis e catástrofes por falta de cuidado”, observou, citando o caso do desastre ocorrido em Mariana (MG), em 2015.
Inaugurada há 20 anos, entre as cidades de Surubim e Cumaru, Jucazinho tem capacidade para armazenar 327 milhões de metros cúbicos. “Foi concebida visando não só o abastecimento de água para necessidades humanas, animais e da agricultura, mas também o fornecimento para a indústria e a contenção de cheias”, explicou. O deputado destacou a importância da barragem para evitar enchentes no Recife e na Região Metropolitana, como as ocorridas nas décadas de 60 e 70.
Tony Gel informou ter encaminhado ofícios à Presidência da República e ao Governo do Estado, bem como aos órgãos federais e estaduais responsáveis pela manutenção das barragens, relatando a situação de Jucazinho e pedindo apoio. “As duas vezes em que o reservatório sangrou, não houve perda de água pelas ombreiras laterais, mas não podemos confiar que isso nunca vai acontecer”, ressaltou.
Deixe um comentário