O programa de prevenção a riscos e desastres naturais da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes recebeu destaque, nesta terça-feira (30), durante seminário realizado pela Organização das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), no auditório da Faculdade Tiradentes, em Prazeres. A parceria firmada entre a administração municipal e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para troca de informações e experiências foi ressaltada por Paula Zacarias, representante da ONU, que, na oportunidade, ministrou palestra sobre a campanha criada pelo órgão para promover atividades socioeducativas voltadas à busca de estratégias inovadoras para o enfrentamento de problemas urbanos e desigualdades sociais alinhadas com práticas mais sustentáveis.
De acordo com a analista, o objetivo do programa é atuar em prol do desenvolvimento urbano social, econômico e ambientalmente sustentável, com o intuito de promover a moradia adequada para todos. Segundo ela, é importante observar a iniciativa da cidade do Jaboatão dos Guararapes no que diz respeito ao compartilhamento de informações e resultados de ações executadas, a fim de otimizar futuras iniciativas.
“A primeira grande coisa que me chamou a atenção foi o fato de Jaboatão trabalhar em parceria. Assim que chegamos e começamos a conversar, ficamos sabendo que a gestão tem uma boa articulação com a Universidade Federal de Pernambuco. Acho que isso é um grande mérito e é um exemplo que outros municípios não seguem. É normal que outras cidades trabalhem em cima de suas demandas e que não compartilhem isso com outras instituições que são fundamentais nesse processo. Uma faculdade, nesse processo, pode contribuir com mais conhecimento, metodologias e ferramentas”, elogiou Paula.
Secretário-executivo de Serviços Urbanos e Defesa Civil do Jaboatão dos Guararapes, Carlos Alberto ressaltou que um estudo realizado pela Defesa Civil do município apontou que 29,2% do território do Jaboatão está localizado em áreas de risco. “Quando assumimos a gestão, identificamos que Jaboatão é a sexta cidade com maior índice de riscos do Brasil. São 12.200 pontos de risco e aproximadamente 1.700 pontos de alagamento. São números preocupantes, mas estamos trabalhando arduamente para mudar essa realidade”, apontou.
O seminário Construindo uma Cidade Resiliente segue nesta quarta-feira (31), também no auditório da Faculdade Tiradentes, com debates sobre análises dos impactos das mudanças climáticas no ambiente urbano, atuação do Corpo de Bombeiros na redução de riscos e desastres, entre outros temas.
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